quinta-feira, 28 de junho de 2007

O Livro De Thoth - Um Curto Ensaio Sobre o Tarô dos Egípcios, de Aleister Crowley

O Tarô é um baralho de setenta e oito cartas. Há quatro naipes, tal como nos baralhos atuais, que dele são derivadas. Porém, as cartas da corte são em número de quatro, ao invés de três. Adicionalmente, existem vinte e duas cartas chamadas de trunfos, das quais cada qual é uma figura simbólica com um título próprio.

À primeira vista, pode-se supor que a sua disposição seja arbitrária, mas não é. Ela é ligada, como se revelará mais tarde, à estrutura do universo e do Sistema Solar em particular, tal como simbolizado pela Santa Qabalah, o que será explicado no momento oportuno.

A ORIGEM DO TARÔ

A origem desse baralho é muito obscura. Algumas autoridades procuram fazê-la recuar aos antigos Mistérios Egípcios, outras tentam fazê-la avançar a uma época tão recente quanto o século XV, ou mesmo o XVI. Porém, o Tarô certamente existia desde o século XIV, sob o que pode ser denominado sua forma clássica, visto que baralhos dessa data ainda existem, e sua forma não alterou em nenhum aspecto considerável desde aquela época.

Na Idade Média, essas cartas eram bastante empregadas na adivinhação e cartomancia, especialmente pelos ciganos, de modo que era costume referir-se ao Tarô dos Boêmios ou Egípcios. Quando foi descoberto que os ciganos, a despeito da etimologia da palavra, eram de origem asiática, algumas pessoas tentaram encontrar a fonte do Tarô na arte e literatura indianas.

Não há necessidade, aqui, de adentrarmos qualquer discussão acerca desses pontos controvertidos. *


* Alguns eruditos supõem que a R.O.T.A. (Rota, roda) consultada no Collegium ad Spiritum Sanctum (ver o manifesto Fama Fraternitatis dos irmãos da Rosy Cross) era o Tarô.


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