TRECHO:
O homem preenche seus dias com trabalho incessante e mergulha em ansiedade e preocupações
perpétuas. Extremamente atarefado, sem tempo para parar e contemplar silenciosamente a obra de
Deus, o homem é atormentado por pressentimentos estranhos e inexplicáveis e corre atabalhoadamente
atrás de falsos consolos, com sua visão embaçada pelo ódio e pela ambição. Preso a essa labuta
incansável e inquietação, o homem perdeu o conhecimento da âncora que o salvará da tormenta: a
disciplina dos devaneios da mente.
Essa disciplina precisa ser aprendida e praticada o mais cedo possível; não pode ser postergada até a
idade avançada, quando o equipamento físico com o qual o homem foi dotado estiver desgastado e
fraco. Existem muitas pessoas que tentam afastar seus filhos dos homens santos e livros sagrados,
temendo que possam desenvolver atração por essas disciplinas numa idade muito precoce; contudo,
nessa questão não existe algo como “muito precoce”, pois em qualquer época que se começar, sempre
será “tarde” para quem sabe que a vida de curta duração está próxima de terminar.
A disciplina espiritual está baseada na fé na unidade de todos os seres que têm em si o Eu Superior
imanente e onipresente. Aqui tenho à minha frente milhares desses seres escutando minhas palavras,
mas em essência todos são Um, porque nada mais são do que milhares de ondas da superfície de um
único oceano. O alimento obtido por todos os membros e órgãos do corpo, que envida esforços
cooperativos no sentido de procurá-lo e torná-lo apto para consumo, é convertido em força física pelo
estômago e demais órgãos pelo trabalho coordenado; essa força é compartilhada por todos os órgãos e
membros. Nenhuma parte é negligenciada. Todos vocês são membros desse Corpo Cósmico Único
(Purusha), que é muito mais vasto do que o Universo, que nada mais é do que uma pequena fração do
Seu Esplendor. As pessoas – como seres individuais – podem estar iludidas pela crença de que são
diferentes dos demais. Contudo, o Eu Superior existente em cada um é o mesmo.
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