Mais um questionário com respostas interessantíssimas, desta vez escritas pela Sofia do blog Os Livros de Sofia. Continuamos à espera que voltes em força, Sofia ;)
1 - Como surgiu a ideia de criares um blog sobre livros?
A ideia de criar um blogue sobre livros surgiu sobretudo da necessidade que sentia de expressar e partilhar opiniões sobre as minhas leituras. Embora nunca me sinta só enquanto leio, fazia-me falta poder comunicar com outras pessoas, trocar experiências e gostos no que se refere a livros. No fundo, queria alargar os meus horizontes e alimentar esta minha paixão/vício. Ainda estive um tempinho a cozinhar a ideia e a explorar outros blogues do género, inclusivamente o vosso, até me decidir a seguir em frente.
2 - És uma leitora rápida? Quantos livros lês, em média, por mês?
Penso que sou uma leitora rápida, tendo em conta o pouco tempo que me resta para o fazer. Em média, consigo ler cerca de 5/6 livros por mês.
3 - Qual é o teu livro preferido de sempre e porquê?
Esta é uma pergunta muito difícil de responder. Não tenho um livro preferido mas vários. No entanto, vou referir três livros que de certa forma me marcaram durante o meu percurso de leitora: Como Água para Chocolate de Laura Esquível, Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez e A Casa dos Espíritos de Isabel Allende. São dos meus escritores preferidos pois são contadores de histórias brilhantes. Todos se inserem dentro do estilo do realismo fantástico (ou mágico), algo que me atrai imenso.
4 - O que te leva a identificares-te com uma personagem/história?
O meu nível de identificação com uma personagem/história está directamente relacionado com o grau de semelhança que as mesmas têm comigo. Isto é, quanto menos se assemelham a mim e ao mundo que conheço, mais me identifico. O que me atrai é o facto de poder conhecer novos mundos, vidas, experiências... e nesse momento fico rendida à capacidade imaginativa dos escritores, pela forma como conseguem dar a conhecer tantas e tão ricas realidades.
5 - Género literário preferido e que livro recomendarias dentro do mesmo?
O meu género literário preferido é, sem dúvida, o romance. Especialmente o romance histórico ou o fantástico. Dentro do romance fantástico, recomendo o Senhor dos Anéis de J.R.R Tolkien, um clássico do género de todos os tempos. Para o romance histórico, tenho várias sugestões, mas limito-me a recomendar os romances de Bernard Cornwell que incidem sobre a Idade Média e são absolutamente deliciosos.
6 - O que achas das adaptações cinematográficas de livros?
Confesso que neste aspecto tenho uma perspectiva algo retrógada porque a minha primeira atitude face a adaptações de livros é sempre desconfiada. Isto acontece porque mantenho o pressuposto de que o filme jamais superará o livro e dessa forma, já não consigo, à priori, dar-lhe o merecido crédito.
De qualquer forma, reconheço que hoje em dia existem adaptações bastante fidedignas, fieis aos livros e que conseguem transmitir em parte a essência do livro. É o caso por exemplo do Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago (livro que venero), cujo filme gostei bastante e me pareceu, de forma geral, verdadeiro ao livro. No entanto, e não posso deixar de frisar, uma coisa não pode e não substitui a outra.
7 - Qual é a tua opinião sobre os e-books?
Para responder a esta pergunta devo dizer que eu não sou, definitivamente, uma potencial consumidora de e-books pois a mim ninguém me tira o prazer de pegar, cheirar e folhear um livro. Além disso, o meu gosto por livros faz de mim uma verdadeira coleccionadora, isto é, qualquer livro que leia tem que ser meu e estar em boas condições: sem riscos, sem dobras, sem pó. Não sei até que ponto estes meus hábitos se distanciam muito dos outros leitores... aqui está uma curiosidade que me podem satisfazer :)
Voltando aos e-books, imagino que exista alguma tendência nesse sentido, tendo em conta a evolução tecnológica actual e sobretudo, o preço exorbitante dos livros em Portugal. Não tenho ideia de qual será a taxa de sucesso dos e-books no nosso país mas diria que ainda se vão passar alguns anos antes que se possa dizer que esta será uma alternativa sólida e rentável.
8 - Tens alguma ideia sobre o que deveria ser feito para aumentar os índices de leitura em Portugal?
A leitura deve ser um hábito construído desde cedo, isto é, as crianças/jovens devem ser incentivadas a ler mas também ensinadas a ler, a entender o significado do que lêem e os benefícios que podem retirar das suas leituras. Este é um ponto de partida fundamental que hoje em dia não ocupa a preocupação da maioria dos pais. Mesmo nas escolas não acredito que existam os melhores mecanismos de incentivo tais como: bibliotecas de sala de aula, troca de livros entre alunos, etc. Iniciativas que revelassem aos jovens o prazer e conhecimento que poderiam retirar da leitura. Por outro lado, e agora focando-me mais no público adulto, são necessários outros incentivos, por parte do Governo, no sentido de divulgação/promoção de livros/leitores bem como no sentido de comparticipação no valor dos livros, factor que considero limitativo para a maioria das pessoas.
É lógico que existem outras formas de aceder aos livros tais como bibliotecas, que aliás estão hoje bem equipadas para satisfazer todos os gostos, mas são alternativas menos visíveis e que acabam por ser procuradas apenas pelos verdadeiros amantes de livros. Para incentivar os indíces de leitura são necessárias medidas que tenham a capacidade de atrair pessoas que não tenham o hábito da leitura e dessa forma, devem conseguir ser bastante persuasivas.
9 - A leitura é uma paixão que nasce connosco ou está mais dependente de factores externos (muitos livros em casa desde a infância, etc.)?
Esta pergunta acaba por estar muito relacionada com a minha resposta anterior uma vez que concordo com ambas as hipóteses. O gosto pela leitura é algo que tem que necessariamente estar cá dentro mas o hábito é importante para fomentar essa iniciativa, especialmente quando falamos de crianças e jovens. No entanto, acredito que o gosto tem que/deve superar o hábito pois o amor aos livros nunca morre e o hábito pode ser perdido ao longo do tempo.
1 - Como surgiu a ideia de criares um blog sobre livros?
A ideia de criar um blogue sobre livros surgiu sobretudo da necessidade que sentia de expressar e partilhar opiniões sobre as minhas leituras. Embora nunca me sinta só enquanto leio, fazia-me falta poder comunicar com outras pessoas, trocar experiências e gostos no que se refere a livros. No fundo, queria alargar os meus horizontes e alimentar esta minha paixão/vício. Ainda estive um tempinho a cozinhar a ideia e a explorar outros blogues do género, inclusivamente o vosso, até me decidir a seguir em frente.
2 - És uma leitora rápida? Quantos livros lês, em média, por mês?
Penso que sou uma leitora rápida, tendo em conta o pouco tempo que me resta para o fazer. Em média, consigo ler cerca de 5/6 livros por mês.
3 - Qual é o teu livro preferido de sempre e porquê?
Esta é uma pergunta muito difícil de responder. Não tenho um livro preferido mas vários. No entanto, vou referir três livros que de certa forma me marcaram durante o meu percurso de leitora: Como Água para Chocolate de Laura Esquível, Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez e A Casa dos Espíritos de Isabel Allende. São dos meus escritores preferidos pois são contadores de histórias brilhantes. Todos se inserem dentro do estilo do realismo fantástico (ou mágico), algo que me atrai imenso.
4 - O que te leva a identificares-te com uma personagem/história?
O meu nível de identificação com uma personagem/história está directamente relacionado com o grau de semelhança que as mesmas têm comigo. Isto é, quanto menos se assemelham a mim e ao mundo que conheço, mais me identifico. O que me atrai é o facto de poder conhecer novos mundos, vidas, experiências... e nesse momento fico rendida à capacidade imaginativa dos escritores, pela forma como conseguem dar a conhecer tantas e tão ricas realidades.
5 - Género literário preferido e que livro recomendarias dentro do mesmo?
O meu género literário preferido é, sem dúvida, o romance. Especialmente o romance histórico ou o fantástico. Dentro do romance fantástico, recomendo o Senhor dos Anéis de J.R.R Tolkien, um clássico do género de todos os tempos. Para o romance histórico, tenho várias sugestões, mas limito-me a recomendar os romances de Bernard Cornwell que incidem sobre a Idade Média e são absolutamente deliciosos.
6 - O que achas das adaptações cinematográficas de livros?
Confesso que neste aspecto tenho uma perspectiva algo retrógada porque a minha primeira atitude face a adaptações de livros é sempre desconfiada. Isto acontece porque mantenho o pressuposto de que o filme jamais superará o livro e dessa forma, já não consigo, à priori, dar-lhe o merecido crédito.
De qualquer forma, reconheço que hoje em dia existem adaptações bastante fidedignas, fieis aos livros e que conseguem transmitir em parte a essência do livro. É o caso por exemplo do Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago (livro que venero), cujo filme gostei bastante e me pareceu, de forma geral, verdadeiro ao livro. No entanto, e não posso deixar de frisar, uma coisa não pode e não substitui a outra.
7 - Qual é a tua opinião sobre os e-books?
Para responder a esta pergunta devo dizer que eu não sou, definitivamente, uma potencial consumidora de e-books pois a mim ninguém me tira o prazer de pegar, cheirar e folhear um livro. Além disso, o meu gosto por livros faz de mim uma verdadeira coleccionadora, isto é, qualquer livro que leia tem que ser meu e estar em boas condições: sem riscos, sem dobras, sem pó. Não sei até que ponto estes meus hábitos se distanciam muito dos outros leitores... aqui está uma curiosidade que me podem satisfazer :)
Voltando aos e-books, imagino que exista alguma tendência nesse sentido, tendo em conta a evolução tecnológica actual e sobretudo, o preço exorbitante dos livros em Portugal. Não tenho ideia de qual será a taxa de sucesso dos e-books no nosso país mas diria que ainda se vão passar alguns anos antes que se possa dizer que esta será uma alternativa sólida e rentável.
8 - Tens alguma ideia sobre o que deveria ser feito para aumentar os índices de leitura em Portugal?
A leitura deve ser um hábito construído desde cedo, isto é, as crianças/jovens devem ser incentivadas a ler mas também ensinadas a ler, a entender o significado do que lêem e os benefícios que podem retirar das suas leituras. Este é um ponto de partida fundamental que hoje em dia não ocupa a preocupação da maioria dos pais. Mesmo nas escolas não acredito que existam os melhores mecanismos de incentivo tais como: bibliotecas de sala de aula, troca de livros entre alunos, etc. Iniciativas que revelassem aos jovens o prazer e conhecimento que poderiam retirar da leitura. Por outro lado, e agora focando-me mais no público adulto, são necessários outros incentivos, por parte do Governo, no sentido de divulgação/promoção de livros/leitores bem como no sentido de comparticipação no valor dos livros, factor que considero limitativo para a maioria das pessoas.
É lógico que existem outras formas de aceder aos livros tais como bibliotecas, que aliás estão hoje bem equipadas para satisfazer todos os gostos, mas são alternativas menos visíveis e que acabam por ser procuradas apenas pelos verdadeiros amantes de livros. Para incentivar os indíces de leitura são necessárias medidas que tenham a capacidade de atrair pessoas que não tenham o hábito da leitura e dessa forma, devem conseguir ser bastante persuasivas.
9 - A leitura é uma paixão que nasce connosco ou está mais dependente de factores externos (muitos livros em casa desde a infância, etc.)?
Esta pergunta acaba por estar muito relacionada com a minha resposta anterior uma vez que concordo com ambas as hipóteses. O gosto pela leitura é algo que tem que necessariamente estar cá dentro mas o hábito é importante para fomentar essa iniciativa, especialmente quando falamos de crianças e jovens. No entanto, acredito que o gosto tem que/deve superar o hábito pois o amor aos livros nunca morre e o hábito pode ser perdido ao longo do tempo.
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