sexta-feira, 11 de setembro de 2009

PEDAÇOS DO MEU SENTIR

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A leitura atenta é obrigatória, de outro modo perde-se a generosidade da poesia, que nos é servida pelo artesão da palavra. Entre o amor e o protesto, neste livro não há lugar à demagogia. Há, isso sim, uma fervorosa luta com a palavra, pela palavra. Numa poesia que vem de dentro. Da nascente do sangue e da raiz da memória. Memória com passado. Alma no presente, exposta ao futuro.
A sua criação vagueia entre a imaginética, o mundo descritivo e o retrato, passando pela História e Geografia. Em demanda exaustiva sem exaustão, por uma Humanidade mais digna e justa. Fruindo em sonetos, versos rimados ou livres, numa essência pura e lúcida, o poeta procura e consegue levar-nos ao fascínio, à razão e à sabedoria.
O poeta Vítor Cintra vive, tal como os outros poetas, sob o jugo da tirania do pensamento. É o preço a pagar pela ousadia de o ser. É como habitar um útero onde a cada instante se abre uma ferida, que o bálsamo de cada verso cura, para de seguida uma outra ferida se abrir, na espera de mais um verso.
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Do livro de Poemas: PEDAÇOS DO MEU SENTIR
Autor: VÍTOR CINTRA
Extraído do Prefácio, assinado por António Paiva
Editora: Temas Originais, Lda.

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