terça-feira, 24 de junho de 2008

Breve olhar sobre a História da Literatura Juvenil I

«Apesar de um início de século em que se mantém a falta de imaginação e de fantasia, surge o primeiro grande romance, Robinson Crusoe (1715), de Daniel Defoe, não escrito para os jovens, mas rapidamente apropriado por eles. Todavia, durante muito tempo, e até em Inglaterra, a fantasia e a imaginação estarão ausentes das obras escritas para as crianças ou lidas por elas.
É o movimento romântico, no século XIX, que vai ter uma acção determinante na literatura juvenil, ao tomar em linha de conta a idade dos leitores e consequentemente as suas necessidades: a imaginação e a fantasia.» (pp.26, 27)

Laurence Simon, «A criação literária em França e noutros países e a sua evolução através dos romances para os adolescentes» in AAVV, Do dragão ao Pai Natal, Olhares sobre a Literatura para a Infância, Campo das Letras, 1999

Ressalve-se que uma das obras iniciáticas da história da literatura juvenil, que lança os seus alicerces temáticos, não foi escrita para jovens mas sim por eles apropriada. Será esta uma das principais questões acerca da literatura juvenil: devem ou não as narrativas ser pensadas e escritas em função do seu público? E que público é este, que pode ter entre os 11, 12 anos e os 18?

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