domingo, 29 de junho de 2008

Comunidades de Jovens Leitores: estratégias

Está prevista para 3ª feira a 1ª sessão de uma Comunidade de Jovens Leitores, a decorrer na Biblioteca Municipal do Sobral de Monte Agraço. A escolha do período para a sua realização foi ponderada por mim e pela Alexandra (responsável da Biblioteca). A escolha das férias grandes pareceu-nos um desafio, mas simultaneamente pensámos no tempo livre de muitos adolescentes, durante estes três meses, e no interesse dos pais em verem os seus filhos ocupados. A iniciativa foi divulgada através da rádio local e de informações para as escolas, antes do término do ano lectivo.
Ainda não sabemos se contaremos com o número suficiente de participantes para que possamos levar a cabo a Comunidade.
Voltamos à eterna questão:
Como motivar adolescentes a participarem numa Comunidade de Leitores? Se nos tentarmos imaginar com 13 ou 14 anos, talvez consigamos perceber que uma Comunidade de Leitores não será o programa de eleição dos jovens, independentemente do seu gosto pela leitura. O que os poderá levar, então, à Biblioteca?
um amigo que vá;
o moderador;
a participação de algum funcionário da Biblioteca com quem o adolescente mantém uma relação próxima;
a imposição dos pais.
Vale a pena continuar a tentar? O que pode trazer uma Comunidade de Leitores aos seus participantes?
A minha experiência diz-me que o convívio entre pares é muito importante para alterar a relação social com o livro. A partilha de momentos lúdicos com os livros e a biblioteca como pano de fundo podem criar laços entre participantes bem como entre participantes e moderador. O mais difícil nas Comunidades é conseguir concretizá-las. A margem de sucesso é sempre baixa, já que de 10 adolescentes, o normal é que dois ou três se tornem fiéis. De qualquer forma, se pensarmos na Comunidade como um projecto de continuidade, esses três serão elementos seguros na angariação de novos participantes. Depois da comunidade Inventam-se Leitores, em Montemor-o-Novo, o nosso blog vai-se mantendo como plataforma de diálogo, e continuamos a contar com três jovens que vão dando notícias, não deixando morrer o contacto e o entusiasmo.
Mas sem começo, nada feito. E, para isso, não temos soluções nem estratégias infalíveis.

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