segunda-feira, 31 de agosto de 2009

F Ú R I A

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Do céu, enquanto raios de desgraça
Lampejam, com furor, na noite escura,
As nuvens, que nasceram ameaça,
Derramam-se em torrentes de água pura.
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Ressoa, com fragor, por toda a parte,
A voz tronitruante de Vulcano,
Mais forte que a irada voz de Marte,
Capaz de intimidar qualquer humano.
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O vento, que fustiga em desespero
As copas dos coqueiros desgrenhados,
Mergulha de rochedos escarpados;
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Num silvo, que enfurece o mar severo,
Encontra, no rugir da profundeza,
Mais eco do que tem na natureza.
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Autor: VÍTOR CINTRA
Do livro: PEDAÇOS DO MEU SENTIR
Editora: Temas Originais, Lda.

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