quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Pedro Quedas | Escolhas


1 – O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Escolhas»?
R – Bem, é o meu primeiro livro a ser publicado, pelo que espero que, no contexto da minha obra, seja apenas um entre muitos. Nunca quis fazer mais nada na minha vida que ser escritor e gostava de continuar a viver o meu sonho só mais algum tempinho. Tematicamente, este livro representa o nascimento de algo que eu penso vir a tornar-se uma marca inevitável na minha obra – a minha transferência diária de traumas pessoais recalcados para uma escrita que oscila entre amor ardente, sarcasmo latente e tristeza omnipresente.

2 – Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R – A origem deste livro é tanto cultural como pessoal. Cultural, porque o meu estilo se apoia em doses generosas de Stephen King e Raymond Chandler, tanto na abordagem de temas como o conflito interior transcrito para o papel como no fascínio pelo conceito do “serial killer” e pelo acto de matar. Pessoal, porque a personagem principal sou eu, e porque, apesar de toda a sua mentira factual, o meu livro não deixa de ser um diário bem preciso dos meus sentimentos. Pelo menos aqueles mais negros e menos socialmente aceites...

3 – Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R – Neste preciso momento estou envolvido num trabalho que me liga à minha segunda grande paixão – o cinema. Depois de ter escrito duas curtas-metragens para amigos envolvidos na área, estou agora a meio de uma longa-metragem que será filmada pelo meu irmão mais novo, Paulo Quedas. Também estou a co-escrever, com o meu amigo e companheiro de escrita Pedro Silva, uma série de comédia que se chama “A Porra do Deserto”, na qual também participo como actor (se alargarmos essa definição a qualquer pessoa que fale em frente a uma câmara...). Aparte estes “desvios” criativos, estou com cerca de 40 páginas escritas naquele que será a sequela do “Escolhas” e estou também em fase de pesquisa e “pré-produção mental” da minha primeira incursão no mundo da ficção científica. Isto se descontarmos os contos de invasões extra-terrestres que eu escrevia durante as aulas de gramática na primária.
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Pedro Quedas
Escolhas
Livros do Brasil

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