NOME: António Maria de Campos Júnior
Nasceu em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, em 13 de Abril de 1850.
Com oito anos veio para o continente, para a cidade de Leiria. Aí frequentou a escola e fez serviço militar.
Jornalista, romancista e dramaturgo, foi em Leiria também que escreveu os seus primeiros trabalhos: "Milagre da Senhora da Encarnação", "Nariz de Cera" e "A Filha do Regedor".
Por influência do Dr. Afonso Xavier Lopes Vieira, pai do poeta Afonso Lopes Vieira, transferiu-se para Lisboa, onde desenvolveu actividade literária e política de nota. Foi redactor dos jornais "Revolução de Setembro", "O Século" e "Diário de Notícias".
Estudioso da História, da sua busca incessante em livros e documentos, nasceram, em forma de romances históricos, obras tão belas como "A Raínha Madrasta", "Ala dos Namorados", "Luís de Camões", "Guerreiro e Monge", "A Filha do Polaco", "Pedras que Falam", "Marquês de Pombal", "A Estrela de Nagasaki", entre outras. Algumas delas, publicadas em O Século, na forma de folhetim.
A peça "Torpeza", um libelo patriótico contra a tirania do Ultimato Inglês, que escreveu em 1891, fez um sucesso tão grande que nos teatros da Alegria, do Príncipe Real e do Ginásio, onde foi representada, o público saudava-a, à subida do pano, cantando de pé "A Portuguesa".
De entre as condecorações com que foi agraciado contam-se:"Grande Cavaleiro da Ordem de Cristo", "Oficial de Santiago", "Medalha de Prata de Comportamento Exemplar" e ainda "Mérito Militar de Espanha".
Reformado do exército, como Capitão, em 1899, voltou a Leiria onde dirigiu, como redactor principal, o semanário "Distrito de Leiria".
Falecido a 8 de Setembro de 1917, na Marinha Grande, os seus restos repousam no velho cemitério local.
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