Um brinde a nós, amigos!
Um brinde à vida, à alegria, ao êxtase que escondemos em nossas próprias cabeças! Um
brinde que nos arranque de nosso sono cheio de sonhos, de ambição e desses truques do mundo que
substituíram a vida real. Bebamos da taça de um louco que nos permite abandonar todo o nosso
controle, as nossas tensões, as nossas restrições, que durante tanto tempo nos impediram de abraçar
Deus, a alegria e o êxtase!
Um brinde ao calor daquilo que derreterá nossos corações congelados, e pela primeira vez
nos permitirá fluir e sentir com todo o nosso ser.
Encontrem Bhagwan Shree Rajneesh, um bêbado, um louco que está aqui, vivo,
oferecendo-lhes o sabor de um outro louco de uma outra época — Kabir — um louco que através de
sua inocência, através de sua ignorância, através de sua admiração, canta uma canção onde a poesia
floresce", uma poesia que pode ser entendida por qualquer um que seja suficientemente inocente!
Bhagwan facilita-nos um desaprendizado, uma mudança de foco, um relaxamento — um mover-se
da cabeça para o coração e sua inocência, um tornar-se extraordinário sendo comum exactamente
como aconteceu a Kabir. ..e cada momento torna-se tão absolutamente precioso, traz tanta alegria e
recompensa em si mesmo, que nada mais resta a não ser desfrutá-lo, perder-se nele, embriagar-se de
vida!
Através desses novos olhos tem-se a sensação de que a vida é Deus e que Deus é a vida;
não importa o quanto possamos correr ou quão esperta possa ser a mente nas suas tentativas de
adiar,' não há possibilidade de escapar — não há outra maneira de existir. Como diz Bhagwan:
"Vivemos no oceano de Deus. .. Ele o circunda, Ele circunda tudo."
As velhas escrituras da Índia dizem que a existência vem quando Deus expira — você
nasce e a não-existência, quando Ele inspira — você desaparece na morte... mas você nunca deixa
Deus! Pode-se dizer: «Procurado — vivo ou morto. ..por Deus... pela vida... pela existência!»
Temos apenas que nos sacudir e nos despertar para esta grande bênção da vida. ..despertar a
memória desta linguagem esquecida do êxtase que repousa como que hibernada em nossos corações
adormecidos.
No Ocidente, a nossa memória tem sido entorpecida pela nossa ambição, pela nossa
entrega aos prazeres, pela nossa pressa em .satisfazer certas condições que, uma vez satisfeitas, nos
recompensarão com a felicidade que nos espera no final de algum arco-íris mítico. No Oriente, o
mundo, os negócios, são coisas para serem renunciadas, algo contra o qual se deve criar um
antagonismo.
Kabir, entretanto, não pertence a nenhum dos dois. É um homem de real compreensão —
sabe que não se trata de entrega aos prazeres ou de renúncia, mas sim, de consciência. Ou como diz
Bhagwan: "Esteja no mundo, mas conscientemente. Não vá a nenhum lugar, não crie qualquer
atitude antagónica em relação à vida. Deus nada mais é do que um profundo 'sim' à existência". No
caso de Kabir, conta-se que ele nasceu como muçulmano e foi educado por um hindu, ficando então
aberto para as riquezas das duas tradições — não ficou limitado pela escolha de uma e rejeição da
outra. ..disse SIM a ambas.
Desta maneira Bhagwan também reivindica toda a herança da humanidade, dizendo um
'sim' eternamente amoroso a todos: aos cristãos, aos hindus, aos parses, aos sikhs, aos muçulmanos,
aos judeus, aos ateus, aos teístas, ad infinitum.
Este 'sim' é a chave do reaprendizado desta linguagem esquecida. Este 'sim' é o que nos dá
coragem para continuar. Este 'sim' é o ingrediente que está faltando, é o elo perdido para a
recuperação, a reivindicação desse êxtase. Não é da cabeça — é do coração... não é do pensamento,
mas do sentimento.
E o coração é a nossa totalidade. Sempre que dizemos 'sim' a alguma coisa, sempre que
respondemos com nossos corações, estamos respondendo com nossa totalidade. Sempre que somos
totais em qualquer coisa, ficamos extasiados. Bhagwan diz: "Sim, alegria é loucura. E só os loucos
podem suportá-la. Abandone-se e seja um bêbado!. ..Deus é selvagem e a alegria é o primeiro passo
em direcção a Ele. O êxtase é selvagem. Você tem que se perder nele, no seu próprio abismo".
E como a alegria é loucura e abandono, então é preciso estar pronto para saltar, para
mover-se livre e perigosamente, sem os condicionamentos e limites da sociedade, da religião, do
país, da tradição ou dos rituais que acumulamos — esses limites do nosso passado que nos
impedem de viver Deus, de viver a vida, de viver. ..agora mesmo. ..de viver esta linguagem do
êxtase. .. neste exacto momento!
Bhagwan e Kabir concordam que se Deus não puder ser encontrado nesta vida, não será
encontrado em lugar algum... que sempre que você for total, Ele estará presente. ..ser total é a porta!
Então, será que você está pronto para beber comigo, para beber da taça destes loucos —
Bhagwan Shree Rajneesh e o poeta-místico Kabir — e abandonar os seus controles e misérias?... e
mais uma vez, através da sua natureza, através da felicidade... falar a linguagem do êxtase?
Se você não puder controlar a sua alegria, não poderá controlar o seu êxtase... você tem
que se embeber dele na vida: ". ..e a vida jamais grita, apenas sussurra. A menos que você esteja
muito atento, sintonizado e ligado a ela, não será capaz de entender a vozinha silenciosa de Deus".
Tenha, através dos olhos deste Mestre iluminado, Bhagwan Shree Rajneesh, uma nova
visão do divino, a jornada infinita para dentro do amor, e aceite o seu brinde à nossa divindade, ao
gosto pela vida e à coragem para explorar:
"Convido-o a vir comigo aos domínios mais profundos deste louco, Kabir. Sim, ele era
um louco — todas as pessoas religiosas o são. Loucas, porque não confiam na razão. Loucas,
porque amam a vida. Loucas, porque podem dançar e cantar. Loucas, porque para elas a vida não é
uma questão, um problema para ser resolvido, mas um mistério no qual temos que nos dissolver".
Tudo o que você precisa é alegrar-se, meu amigo, e divertir-se! Leia este livro como se
entrasse pela porta que leva à terra da linguagem esquecida... abra seus braços e permita que a
confiança na vida e no amor afaste a sua cabeça, e com um grande oooouuhhh encha-se da
excitação, do êxtase desta aventura, da exploração desta linguagem esquecida. ..do êxtase: a
linguagem esquecida.
MA YOGA PREM
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