sexta-feira, 26 de outubro de 2007

JOHN MILTON

.
Um dos mais importantes poetas do classicismo inglês, nasceu em 1608.
Por volta de 1631, estudante em Cambridge, escreveu os seus primeiros poemas, em inglês, latim e italiano.
Partidário de Oliver Cromwell, opôs-se ao poder absoluto dos Stwarts e assumiu-se como intelectual comprometido com os problemas do seu tempo. Considerava que verdade e falsidade deveriam confrontar-se livremente, já que nnca ninguém vira «a verdade levar a pior num combate franco e livre».
Entre 1641 e 1660, escreveu sobretudo prosa. Jornalista e panfletário, publicou artigos e ensaios sobre política e religião, além de peças de teatro. Dirigiu o Mercurius Politicus, jornal defensor do puritanismo calvinista em que se fundamentavam os ideais republicanos de Cromwell, de quem chegou a ser ministro das Relações Exteriores. Esse cargo permitiu-lhe viajar pela Europa, nomeadamente a Itália.
A parte mais fulgurante da sua obra foi escrita depois da restauração da monarquia, altura em que chegou a ser preso. Devido à idade, porém, e aos problemas de saúde, foi-lhe restituída a liberdade. Mas não voltou à política.
Apesar de atacado pela gota e pela cegueira, casou com uma mulher bastante mais jovem. Pobre e isolado, ditou os 10.500 versos da obra "Paraíso Perdido", poema épico em verso branco, em «doze» livros, publicado em 1667, que viria a tornar-se num clássico da literatura universal. Inspirada no Génesis a obra tem como tema o pecado original e narra como Adão e Eva, apesar de alertados pelo anjo Rafael, se deixaram seduzir por Satanás. No fundo, veicula a ideia de que o homem transporta consigo o céu e o inferno cabendo à razão e ao livre arbítrio a escolha entre um e outro.
Quatro anos mais tarde, o poeta dá à estampa o "Paraíso Reconquistado", sequela em que Cristo se sacrifica para devolver aos homens o que Adão havia perdido.



Fonte de informação: Grandes Protagonistas da História de Portugal (Planeta Agostini)

Nenhum comentário:

Postar um comentário