quinta-feira, 11 de outubro de 2007

As Qliphoth (Capítulo 26, da Parte 3, do livro A Cabala Mística), de Dion Fortune

1. No capítulo anterior, fizemos referência às Qliphoth , as Sephirot malignas e adversas; é hora, portanto, de estudá-las em detalhe, embora elas sejam "forças terríveis, havendo perigo até mesmo em pensar nelas".
2. Poder-se-á perguntar então por quê, sendo essas formas tão perigosas, será preciso estudá-las. Não seria melhor desviar a mente e impedir que as imagens de tais forças se formem na consciência? Em resposta a essa questão, podemos citar os preceitos de Abramelin, O Mago, cujo sistema de magia é o mais completo e poderoso que possuímos. De acordo com esse sistema, o operador, depois de um prolongado período de purificação e preparação, evoca não apenas as forças angélicas, mas também as demoníacas.
3. Muitas pessoas queimaram os dedos com o sistema de Abramelin, e por uma razão muito simples, pois, se examinarmos seus relatos, descobriremos que elas nunca seguiram o sistema por completo, escolhendo uma cerimonia aqui e uma invocação acolá, segundo os seus humores. Consequentemente, o sistema de Abramelin ganhou má reputação por ser uma fórmula singularmente perigosa, ao passo que, executada por completo, é singularmente segura, porque trata de todas as reações das forças evocadas sob o que poderíamos chamar de "condições de laboratório" neutralizando-as, assim.


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