No conto, Os Sinos do Ano Novo, publicado exactamente um ano depois, a receita é bastante idêntica. A acção decorre no último dia do ano, tendo como principal protagonista um bondoso e generoso homem, Toby Veck, que é em tudo contrário a Scrooge. Saindo nessa noite, acaba por adormecer (salvo erro numa igreja) e tem um sonho que lhe permitirá observar o seu futuro e o da sua adorada filha. Um conto mais pequeno, mas cheio de significado e acima de tudo, com uma mensagem de esperança num futuro que pode ser sempre melhor do que o presente.
Gosto muito de Charles Dickens. Da sua escrita, da forma como constrói as histórias, dos personagens que criou, etc. embora tenha sido um escritor que escrevia sobre os males morais e físicos, trazendo ao de cimo os males e injustiças sociais da sua Inglaterra vitoriana, a escrita dele é ternurenta e mágica. Nas suas obras somos constantemente envolvidos por uma teia cheia de poesia, amor e significado. As descrições que tanto gostava, são perfeitamente visíveis e compreensíveis, o leitor é assim convidado a participar na história, pois tão depressa sentimos alegria como, logo a seguir, uma imensa tristeza sobressai dos seus textos, sempre assente numa escrita fluída e eficaz.
Quem nunca ouviu falar de Ebenezer Scrooge, David Cooperfield ou Oliver Twist? Todas elas personagens literárias famosíssimas que se confundem com a vida real, marcos de uma época, de um escritor que, considero um dos 5 melhores escritores de todos os tempos.
Charles Dickens faleceu em 1870, o seu legado proporciona-nos obras de uma grandeza humana impar, onde o amor ao próximo, o sofrimento causado pela sociedade (que ele constantemente criticou), a alegria, a tristeza e a condição humana são destacadas de uma forma única em toda a literatura.
Pessoalmente, e repito, sou um apaixonado pela obra de Dickens. Pretendo, no futuro, opinar sobre todas as suas grandes obras: ”David Copperfield; ”Oliver Twist”; ”Grandes Esperanças” e ”Loja de Antiguidades”.
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