quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
FELIZ DOIS MIL INOVE!!!






terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Balanço: porquê lêr os Clássicos Juvenis?
O primeiro desafio que se propõe ao leitor é o de descobrir o que têm estes livros em comum para terem alcançado um estatuto de cânone. A resposta não é linear nem consensual, mas é certo que por um lado, na sua maioria, os ditos clássicos têm como personagens principais crianças ou jovens. É igualmente de notar que todos, ou quase todos, não foram intencionalmente dirigidos ao público infantil, apesar de o ter como referente narrativo. Finalmente, o fenómeno ganhou proporções teóricas depois da apropriação espontânea dos livros, por parte dos mais novos.
Primeiras descobertas


Peter Pan

Pude então ter acesso a um mundo surpreendentemente cáustico, pleno de manipulações, jogos de poder, insegurança, egocentrismo e medo, em que as crianças são os seus actores. Peter Pan é uma personagem extraordinariamente complexa, inspirando, mesmo a um adulto, sentimentos antagónicos de carinho e revolta. A teia de relações e o nível de implicações que esta teia representa no quotidiano na Terra do Nunca leva o leitor a ver aquelas crianças como seres autónomos, capazes e auto-suficientes, numa direcção oposta àquela que os nossos olhos comummente vêem. O estilo é tão vívido, detalhado, imagético, que visualisamos Wendy a cozer as roupas de todos os meninos, ou a preparar as refeições, dominando com perícia e naturalidade quer as tarefas, quer as emoções e relações do grupo. O que Barrie faz é inverter as regras do jogo e mostrar ao mundo as crianças a fingirem-se de adultos e a poderem fazê-lo, porque o sabem. A angústia do adulto ao ler Peter Pan é essa: a da sua total irrelevância. Mas a complexidade da obra não se esgota nesta tensão infância – idade adulta. Há a tensão entre géneros e a temática do abandono: a figura da mãe, que mima, protege, pune… e está enfim só. A leitura de Peter Pan é um jogo de espelhos.
O Vento nos Salgueiros

Já O Vento nos Salgueiros é uma bucólica narrativa oitocentista (apesar da edição datar de 1908), naturalista, detalhada, sinestética, paradigmática da sociedade inglesa. Os simpáticos animais do bosque (Toupeira, Rato, Texugo e Sapo) representam figuras distintas: a Toupeira, um indivíduo simples, pacato, humilde, com curiosidade pelo mundo mas ponderado na maioria dos seus actos; o Rato, uma figura sociável e solidária, que domina o espaço onde se move e se orgulha disso; o Texugo, um ser anti-sociável mas inteligente, culto, conhecedor, pouco expansivo mas de carácter nobre; finalmente o Sapo, um estroina mimado que gasta a fortuna do pai, inconsequente, mentiroso e extraordinariamente vaidoso. A partir desta galeria de personagens, desenvolvem-se peripécias decorrentes das suas relações. A narrativa tem um equilíbrio suave, intercalando episódios respeitantes a personagens diferentes, e integrando descrições degustativas, de vestuário ou mobiliário, de botânica ou climatéricas.
Mais uma vez, a referência à obra tinha-me chegado via animação. Bem me lembro da toupeira, da sua casinha, a sugestão de tempo frio e a luz pela janela. Poderei estar enganada, mas na série creio que a Toupeira vivia mais tempo em sua casa do que no livro. Mas o efeito geral foi o mesmo, pelo que não levo tão a peito a possível inverdade.
Vale a pena porque…
O percurso pelos Clássicos está ainda no início, mas começa a tornar-se mais claro relacionar temáticas e abordagens como a antropomorfização, a viagem, a criança e a sua perspectiva como condutores da narrativa.
Estes clássicos são livros de formação e de aventura. Os acontecimentos colhem entusiasmo do leitor, que imagina e deseja conhecer o desenlace de cada incidente. Mas tais momentos não são gratuitos, implicam consequências para as personagens implicadas, aquelas com quem o leitor se identifica, em quem se projecta ou reconhece (seja no presente, seja no passado). Nessas consequências reside a aprendizagem, a ética de cada um dos livros. Para além da emoção que cada ritmo impõe (Peter Pan e Pinóquio destacam-se pela intensidade, um, e sucessão, outro, de aventuras), são os juízos de valor que envolvem naturalmente aquele que lê com a narrativa. Serão livros comprometidos, engajados? Talvez seja uma categoria demasiado forte, definitiva e redutora. Não são, seguramente, livros pensados para moralizar ou ensinar. São livros problematizadores, que observam de dentro para fora o comportamento estrutural e conjuntural do humano, escolhendo crianças ou animais para o pensarem literariamente. Vale a pena os adultos lerem estes clássicos porque são boa literatura. Quanto aos jovens, vale igualmente a pena, se quiserem. Provavelmente todos eles podem ser lidos até aos 12 anos, por bons leitores. A sua leitura não será a nossa, mas a nossa não é uma só. Um clássico é um livro que perdura e se presta a novas releituras, reciclando-se e reafirmando a sua intemporalidade. Isso é tão certo para a sucessão de gerações como para o crescimento individual. Cada um de nós o pode ler e reler as vezes que desejar. Vai ser sempre um reencontro e uma novidade. Estes livros são para todos e não são para ninguém. Como toda a Boa Literatura.
Direito à resposta
"que porcaria de lista. muito sinceramente nao sei como é que uma pessoa com estes gostos literarios tem um blog sobre livros."
A Internet é um sítio livre, onde as pessoas podem abrir blogs sobre o que bem entenderem, respeitados certos limites. Se procurar bem, é capaz de encontrar algum blog literário que lhe agrade... Não gosta deste, fica um conselho: a porta é a serventia da casa.
"nao basta ler, é preciso saber ler. com todo o respeito, claro, mas ainda por cima dizer que O nome da rosa é uma desilusao... por favor! quando se diz que O nome da rosa é uma desilusao e tem tanto lixinho no top..."
Para além de ser preciso saber ler, também é preciso saber escrever e utilizar os frequentemente esquecidos acentos.
Já ouviu falar numa coisa chamada gosto pessoal e no direito que todos temos a ter as nossas opiniões? Parece-me claramente que não. Se verificar a caixa de comentários onde quis publicar o seu, chega à conclusão que o "lixinho" é do agrado de mais pessoas para além de mim. É verdade, a gente reles que gosta destes livros ainda é em número considerável.
Ao deparar-me com o teor destas palavras, obviamente optei por rejeitar o comentário. Mas hoje o "zé" voltou a insistir.
"que fixe. este blog censura comentários respeitosos mas críticos da mesma maneira que ignora os bons livros!
assim se vê o estofo intelectual de quem anda por aqui... "
Comentários respeitosos? Leiam o que está escrito acima e tirem as vossas próprias conclusões.
Este blog, com muito ou pouco nível literário, é pertença de quem aqui escreve e se dedica a comentar livros para que as pessoas que aqui vêm (felizmente simpáticas e atenciosas, na sua grande maioria) possam ter algo para se guiar quando pensam comprar determinado livro. O nosso objectivo não é, nem hoje nem nunca, ter "estofo intelectual". O objectivo é partilhar o nosso amor pelos livros com pessoas que também os adoram.
Foi censura? Pois foi! E continuará a ser enquanto não se respeitar o espírito deste blog, que sempre foi o da amizade e o da discussão saudável de ideias.
Tenho dito.
A Biblia do Windows XP - Revista Info


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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
O Segredo da Casa de Riverton

Verão de 1924
Na noite de um glamoroso evento social, um jovem poeta perde a vida junto ao lago de uma grande casa de campo inglesa. Depois desse trágico acontecimento, as suas únicas testemunhas, as irmãs Hannah e Emmeline Hartford, jamais se voltariam a falar.
Inverno de 1999
Grace Bradley, de noventa e oito anos de idade, antiga empregada da casa de Riverton, recebe a visita de uma jovem realizadora que pretende fazer um filme sobre a morte trágica do poeta. Memórias antigas e fantasmas adormecidos, há muito remetidos para o esquecimento, começam a ser reavivados. Um segredo chocante ameaça ser revelado, algo que o tempo parece ter apagado mas que Grace tem bem presente. Passado numa Inglaterra destroçada pela primeira guerra e rendida aos loucos anos 20, O Segredo da Casa de Riverton é um romance misterioso e uma emocionante história de amor.
Por vezes, há livros que nos chamam a atenção nem percebemos bem porquê. Este foi um desses casos: não posso dizer que adorei a sinopse/capa e também não posso dizer que tenha lido críticas excepcionais nos sites que consultei (isto apesar de serem positivas). Ainda assim, o livro "chamou-me" desde que o vi pela primeira vez e sabia que mais tarde ou mais cedo ia acabar por lê-lo.
No limiar da mudança para o século XXI, deparamo-nos com a idosa Grace Bradley que, já no final da sua vida, recorda os tempos passados como empregada na grande casa de Riverton, no primeiro quarto do século XX. O livro alterna frequentemente entre a Grace jovem e a Grace idosa, à medida que esta decide relatar a verdade acerca do que levou à trágica morte de Robbie Hunter, através de cassetes gravadas para o seu neto.
Gostei muito da forma como a história é contada, retirando-se camada a camada da história em direcção à revelação final. Por vezes achei o ritmo demasiado lento, mas nunca o suficiente para me fazer desinteressar da história, principalmente devido à escrita maravilhosa e envolvente com que a escritora Kate Morton nos presenteia. Gostei imenso do estilo dela.
As personagens são muito cativantes e genuínas, tal como todo o contexto de época: sentimo-nos transportados para outra época, cheia de costumes e ideias quase opostas aos dos dias que correm. A 1.ª Guerra Mundial também marca a sua presença, mais nos efeitos colaterais que teve em Inglaterra e nos seus soldados do que nas descrições do conflito propriamente dito. Em suma, pareceu-me uma excelente reconstituição histórica.
Só posso aconselhar esta leitura. Mas não leiam o livro de uma assentada: tanto a história como a escrita são para serem saboreadas, como um chocolate que se deixa derreter lentamente na boca. Fico à espera que a Porto Editora publique "The Forgotten Garden", da mesma autora, que tem tido excelentes críticas.
8,5/10
Balanço: livros sem texto
Iela Mari

A’O Balãozinho Vermelho, de Iela Mari, editado pela Kalandraka, juntaram-se A Árvore (Iela Mari) e O Ovo e a Galinha (Iela Mari e Enzo Mari) ambos editados pela Sá da Costa e descobertos na Feira do Livro de Lisboa. A boa notícia chegou quando a livraria da Sá da Costa reabriu, no Chiado, e os livros voltaram a estar disponíveis, não só estes dois mas também A maçã e a lagarta, o que nos permitiu completar a ‘colecção’. Para além dos preços apetecíveis (€3,50), ficámos ainda a saber que os volumes serão reeditados.
São clássicos da literatura para a infância, e na ilustração o leitor reconhece os passos narrativos, as elipses e os ênfases que tornam um esqueleto lógico num universo maravilhoso. O rigor dos contornos e das gradações cromáticas, bem como a temática da transformação, não limitam estes livros a uma condição científica ou sequer didáctica. São, isso sim, um paradigma artístico de um princípio filosófico: o tempo.
Comprovámos a pertinência de O Balãozinho Vermelho em Torres Vedras. Apresentávamos o livro ao grupo de mães que participava na Arte da Leitura. Desafiávamo-las a descobrirem em que se transformava o balão, a cada nova página. A medo, as adultas começavam a dar azo à imaginação quando uma menina de sete anos, filha de uma participante, se começou a interessar. Daí a aproximar-se de nós e monopolizar o jogo foi um pulo…
Onde está o bolo?

Thé Tjong-Khing
Caminho
Foi um dos livros do ano, para nós. Já falámos dele noutros momentos. É um álbum cativante, impossível de abandonar antes de responder ao desafio do título. Mas, tal como acontece numa emocionante história de acção, não nos cingimos aos acontecimentos principais. Começamos a prestar atenção e a desejar resolver outros mistérios secundários, que se relacionam entre si e com as personagens e acções do eixo narrativo central. Por isso, para além de perseguirmos os ladrões ratos na sua fuga com o bolo dos cães, suspendemos a respiração quando o porquinho cai da ravina, ou interrogamo-nos sobre o que terá sucedido à gata para ter uma ferida no nariz. Tudo isto sem uma única palavra, mas com páginas duplas que descrevem cada passo da narrativa numa pluralidade de personagens animais, objectos e movimentos que obrigam à releitura. Com este álbum aprender a ler é aprender a observar, e isso significa desenvolver, empiricamente, um ritmo adequado à apreensão da informação. O leitor pode ler uma página na totalidade, ou seguir cada personagem, reiniciando a leitura com um novo animal e novos acontecimentos. E é certo que haverá pormenores que nos escapam… A exploração deste álbum aproxima-se da leitura de BD, porque é no pormenor do desenho, num elemento mínimo propositadamente relegado para um canto da página, ou num mero contorno, ou numa forma incompleta, que se lê e desvendam outros níveis de leitura, os tais que compõem a teia narrativa. Como na BD, os olhos não seguem a geométrica regra da configuração gráfica do texto (de cima para baixo, da esquerda para a direita). A exigência pictórica está também em conseguir ler sem essa orientação, em busca de algo que à partida se desconhece.
Ah!

Josse Goffin
Kalandraka
A Kalandraka volta a apostar nos livros sem texto, agora com dois volumes, Ah! e Oh!. Mais uma vez, tal como acontece com os exemplos anteriores, estes álbuns prestam-se a uma mediação fácil e fértil em motivações distintas. Mas são também objectos que dialogam com os leitores sem necessitarem de mediadores. Em cada página dupla está uma imagem desenhada (pode ser um objecto, um animal, um fruto…) com uma única cor. Mas, quando desdobramos a folha da direita, percebemos que a parte que permanece na página da esquerda dá lugar a uma nova forma. Virar as páginas são duas descobertas. As fotografias de objectos de arte, que constam no interior da página dobrada são, por assim dizer, o elemento estranho, que se destaca pela diferença gráfica que denota, relativamente aos tons sempre monocromáticos das imagens desenhadas a lápis de cor. Para além daquele elemento estranho, que terá uma relação com o desenho, há ainda uma pista: o elemento que vai aparecer na página seguinte dobrada, consta da anterior, num plano mais discreto, e na cor alternada que ora aparece na página exterior, ora na interior (amarelo torrado e azul). A aproximação ao desenho infantil, delineado pelo ilustrador através da escolha da cor e da técnica ajuda ao processo de identificação e apropriação. Assemelha-se ao pacto narrativo, que acontece na ficção e implica que o leitor aceite acreditar na história que o escritor lhe conta através do seu estilo, das suas personagens, dos locais que visita, do seu narrador…
Pontos em comum
Em comum estes álbuns têm o ingrediente surpresa, que desperta a curiosidade e motiva para a leitura. Seja pela noção de puzzle que as ilustrações macroscópicas de O Ovo e a Galinha sugerem, seja pela decifração das formas vermelhas que flutuam no ar em O Balãozinho Vermelho, seja pelo desafio do título Onde está o bolo?, seja pelo desdobrar das páginas em Ah!
Em todos eles podemos contar uma história, fazer exercícios de previsão, produzir juízos de valor ou afectivos, escolher uma perspectiva e dar-lhe continuidade… Em todos, a narratividade e a plasticidade podem ser explorados. Finalmente, todos nos convocam e nos colocam desafios, a nós, adultos leitores, provando que a literatura para crianças, quando é literatura, não tem tempo nem destinatários exclusivos.
Rute Canhoto | Almira, a Moura Encantada

R- O livro "Almira, a Moura Encantada" representa uma homenagem à terra onde vivo (Alcácer do Sal) e à lenda do seu castelo. Esta é uma forma de dar a conhecer um concelho do litoral alentejano na actualidade e ainda um período específico da sua história, neste caso a época muçulmana. Uma vez que a juventude de hoje em dia está um pouco "desligada" da literatura, decidi apresentar Alcácer por via de um romance histórico, socorrendo-me da lenda da moura encantada que se apaixonou por um cavaleiro cristão, de modo a tornar o livro mais interessante. É um livro pequeno e com uma linguagem bastante acessível, facilitando o "trabalho" do leitor.
2-Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- Na origem deste livro estão duas paixões que tenho: Alcácer do Sal e a literatura. Escrever um livro é uma vontade que trazia dentro de mim desde a altura em que aprendi as primeiras letras e achei que o primeiro deveria ser sobre a minha terra, onde vivo há 24 anos. Alcácer do Sal é um concelho cheio de história e lendas, há muito por onde escolher, mas a lenda mais conhecida é a da moura encantada do castelo, que viveu um romance impossível e cujas juras de amor trocadas com o seu amado ainda hoje se ouvem no castelo nas quentes noites de Agosto. Algo desta dimensão faz-nos sempre sonhar.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Neste momento estou a escrever um novo livro que vem na mesma linha do primeiro, ou seja, é um romance histórico, mas desta vez incidirei sobre a colónia de escravos que viveu em S. Romão do Sado e que marcou em muito a actualidade das gentes que aí vivem. Aliás, eu própria descendo de membros dessa colónia. Além de dar a conhecer mais um pouco de história através de um romance, é como que um regresso às minhas próprias origens em que poderei aprender mais sobre a minha própria árvore genealógica.
__________
Rute Canhoto
Almira, a Moura Encantada
Corpos Editora
domingo, 28 de dezembro de 2008
Tempo de balanço
Por isso, o balanço que se segue é estritamente pessoal e obedece a um critério apenas: as nossas leituras em 2008. É por isso possível que constem livros que não são novidades, e ainda bem. As normas do mercado ainda não regulam as nossas curiosidades nem aprendizagens.
Os melhores de 2008
2 - A Glória dos Traidores, George R.R. Martin
3 - Expiação, Ian McEwan
4 - Pássaros Feridos, Colleen McCullough
5 - Os Leões de Al-Rassan, Guy Gavriel Kay
6 - A Estrada, Cormac McCarthy
7 - O Jardim Encantado, Sarah Addison Allen
8 - As Dez Figuras Negras, Agatha Christie
9 - Mil Sóis Resplandecentes, Khaled Hosseini
10 - Stardust, Neil Gaiman
Menções honrosas (ou livros que poderiam perfeitamente ter entrado no Top 10): O Segredo de Cibele (Juliet Marillier), Heavier Than Heaven (Charles R. Cross), Um Crime no Expresso do Oriente (Agatha Christie) e Kushiel's Dart (Jacqueline Carey).
Já agora, porque não nomear também a maior desilusão do ano? Sem dúvida, O Nome da Rosa de Umberto Eco.
Partilhem connosco as vossas leituras preferidas do ano que passou!
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Prémio para António Lobo Antunes

Na cerimónia realizada ontem (27/12/2008), o autor de "O Arquipélago da Insónia" confessou que esta distinção tem "um significado muito maior do que um prémio no estrangeiro, por maior nome que o prémio tenha".
Numa amena e animada conversa com o público, o escritor revelou ainda que tem uma relação muito especial com os seus leitores do Porto porque, quando esteve hospitalizado com uma doença grave, recebeu milhares de cartas e mensagens de apoio e a maioria eram da cidade invicta.
O Prémio Clube Literário do Porto, no valor de 25 mil euros, vai já na sua quarta edição. Nas anteriores distinguiu os escritores Mário Cláudio, Baptista Bastos, e Miguel Sousa Tavares.
Mulheres 2.0: o amor nos tempos da blogosfera

João Gomes nesta obra pretende dar a conhecer quatro estórias de mulheres do século XXI português e mais particularmente episódios da vida de quatro lisboetas confrontadas com os problemas diários de uma geração que definitivamente se emancipou dos resquícios conservadores do século XX.
A obra é simples e pequena. Resulta de um esforço difícil para um homem, que é o de se colocar na pele de mulher e sentir como estas sentem.
Para nós, que temos um vínculo de amizade com o autor é-nos difícil fazer uma análise perfeitamente imparcial da obra. A editora é pequena pelo que o livro acabará por não conseguir uma expressão comercial significativa, mas estamos em crer que a publicação desta obra possa servir para lançar o João para voos mais altos.
Assim sendo, e ao contrário do que habitualmente fazemos, hoje não deixamos aqui um conselho sobre se vale ou não a pena ler o livro. Não seria justo para com o nosso amigo João Gomes e sobretudo não seria justo para com os nossos leitores.
sábado, 27 de dezembro de 2008
Escândalo
Sinopse:
Lucinda e Nigel. Elizabeth e Simon. Debbie e Richard. As suas vidas eram privilegiadas e o futuro sorria-lhes. Mas um dos maiores escândalos financeiros de sempre na Grã-Bretanha destrói tudo o que haviam construído e põe em causa a própria base das suas vidas. Casamentos e carreiras, famílias e amigos. Quem sobreviverá a estas tragédias pessoais? Quem apoia e quem trai?
Uma história de ascensão e queda, de paixão e abandono, capaz de abalar todas as nossas convicções sobre a vida e sobre nós próprios.
Afinal, tem a certeza que sabe como se comportaria se a sua vida mudasse drasticamente? Se o seu futuro estivesse em perigo?
Pode, com toda a convicção, dizer o que faria se perdesse tudo?
Minha Opinião:
Gostei, não o livro em si, mas sim o tema em questão. Achei-o interessante.
É sobre o escândalo financeiro. Quem não tem conhecimentos de finanças, pode pensar que deve ser uma história bem complicada ou uma maçada, mas não é.
A história centra-se à volta das personagens, nomeadamente, as vítimas.
Apresenta-se quatro famílias: Beaumont, Fielding, Cowper, Morgan ... Eram membros de uma seguradora Llody´s que constitui vários consórcios de seguros, entre quais, marítimo, industrial, etc. Estes membros recebiam, em cada ano, elevados lucros. Durante 10 anos têm sido assim, recebiam imenso dinheiro, viajavam bastante, compravam muitas casas e acções, etc.
O consórcio principal da Llody´s começou a ter graves problemas, devido a asbestose (as industrias de automóveis e imobiliários utilizavam amianto, um produto tóxico que provocou cancro a muita gente) e, então, este consórcio deve que pagar elevadas indemnizações e causando assim elevados prejuízos à Llody´s e, por conseguinte, aos membros que tiveram que pagar montanhas de dívidas. Não é o caso para se ter pena deles, pois tinham recebido muito dinheiro durante vários anos e já seria de esperar destes riscos, de que um dia podia acontecer…
Mas não é este o escândalo que intitula o livro, é outra coisa, o que a seguradora fez depois para remediar estes prejuízos.
Sou uma ignorante de economia ou de finanças, pouco percebo deste assunto, mas a autora conseguiu dar-me uma ideia nítida acerca disto tudo. Portanto, é inteiramente acessível a pessoas que desconhecem este género de assunto.
A história passa-se mais em torno das vítimas, sobretudo, o que lhes vai acontecer. Infelizmente, desiludiu-me... Tive mais a sensação de estar a ver uma novela ou uma série, de estar a acompanhar as personagens exteriormente em vez de interiormente. Ou seja, não senti, por exemplo, a mínima aflição deles ou algo assim. Foi essa, a força emocional, que achei em falta na história…
Mas, apesar desta falta e da pobreza literária, gostei. Prendeu-me. Não consegui alargar o livro! Confesso que esperava outro final, estava com umas expectativas altas, não foi o que pensei que acabasse. Afinal, os ricos safam-se sempre… Achei irónico a forma como a autora construiu estas personagens, sendo os ricos como as melhores pessoas, de coração bondoso e tudo mais. Belos, ricos, snobes, e … extremamente bondosos.
Gostei especialmente da Debbie Fielding e da Catherine Morgan, foram as minhas preferidas.
Recomendo para quem se interessa pelo tema e para quem gosta de literatura muito "light".
Classificação: 3/5
Outras opiniões:
Aqui #1 (foi a opinião da marcia que me motivou para lê-lo)
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Em visita... à Media Vaca

Depois dos doces e da agitação natalícia, recomenda-se uma visita degustativa ao site da editora catalã Media Vaca.
A começar pelo texto de Vicente Ferrer (que esteve presente na última Conferência sobre Literatura Infantil organizada pela Fundação C. Gulbenkian) sobre os livros para crianças, onde o editor clarifica a sua posição acerca de categorias, características e funções associadas a este tipo de edição, tendo em conta o público a quem se destina.
Podem igualmente aguçar-se apetites a partir do texto de Rita Pimenta, a propósito da comunicação de Ferrer na

Mas o mais importante é conhecer os belos álbuns que a editora cria anualmente, desde há dez anos, para todos os leitores, todos mesmo.
A Elegância do Ouriço

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
A árvore de Natal dos Roedores de Livros!!!

Vamos às perguntas:
1) Quantos livros formam a Árvore de Natal dos Roedores de Livros?
2) Quais destes livros já foram resenhados em nosso blog?
3) Qual é o título do único livro cuja lombada não tem nada escrito?
4) Quais livros (exceto os de contos) já foram adaptados para TV ou Cinema?
5) Qual o total de páginas que há na “árvore” (ganha o valor exato ou o menor ou maior que mais se aproximar)?
Para efeito de pontuação, serão consideradas as respostas exatas e as que mais se aproximarem. O resultado será anunciado ao final da primeira quinzena de janeiro, aqui no blog!!!
Divirtam-se e boa sorte a todos!!!
Aproveitamos para agradecer a todos pelo apoio ao projeto, pelo abraço amigo que tantas vezes trocamos por aí e por tudo o mais.
Abraços de letrinhas!!!
Roedores de Livros.
Feliz Natal
Um obrigado especial à minha cara-metade pela paciência para fazer este flash.
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terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Akinator, o gênio da internet capaz de descobrir em quem você está pensando! Surpreendente!
Hoje, navegando pela internet descobri o Akinator. Não sei se vocês já conhecem (eu não conhecia), mas eu achei a idéia sensacional! Faz qualquer um perder tempo em frente ao computador, de fato.
O Akinator se auto-entitula “o gênio da web”. É uma aplicação relativamente simples, mas com um banco de dados rigoroso por trás. Consta de um jogo de perguntas onde, antes de respondê-las, você pensa em qualquer personagem - real ou ficctício - e começa a responder a perguntas. Pode ser brasileiro, internacional, desenho, não importa: você responde a algumas perguntas e, quando menos espera… ZAP! Ó lá o que você pensou na tela!!!
Não vou ficar na base do “como é que ele faz isso”, afinal, não tô afim de estragar a brincadeira. Mas que o resultado é interessante, ah, isso é. Quem não gosta de surpresas?
TODAS que eu fiz ele acertou. Xuxa, o gênio de Alladin, Ronaldo Fenômeno, Homer Simpson e até mesmo o Papai Noel! PQP!!!
Se você for perceber, claro, há toda uma lógica por trás disso, assim como ele também pode errar; afinal, nem os gênios são perfeitos.
A versão atual está em português, mas se você gosta de se aventurar em outras línguas, pode variar entre o inglês, francês e espanhol também ;D
Divirta-se. Qualquer coisa, é só deixar um comentário do que achou!
Contos de Todos os Cantos





Por fim, encantem-se um pouco com a apresentação do CD que pesquei no youtube e deixo aqui embaixo:
"Novidades" literárias encantam a todos...





