Jean M. Auel aquando da preparação deste notável romance histórico, efectuou vários e apurados estudos da época retractada - chegando mesmo a acampar durante uma noite num abrigo construído "à moda" pré-histórica e em condições extremamente duras - assim como acerca dos homínideos caracterizados: Homem de Cro-Magnon e Homem de Neanderthal.
Há 25.000 anos o planeta Terra era um "local" ainda em construção, habitado aqui e ali por estranhos animais que viviam sobretudo da caça. Uma época algo perdida na História, mas uma época onde se sabe que o Homem começa a ter alguma "atitude" artística e religiosa.
Algures no continente asiático, um violento abalo sísmico devasta todo um acampamento de uma tribo de Cro-Magnon, no entanto e por se encontrar fora do espaço da aldeia, acaba por sobreviver a esse forte abalo uma menina de uns 5 anos (Ayla), que se vê, de um momento para o outro, sozinha num mundo assustador e inóspito.
Obrigada a vaguear pelas frias estepes asiáticas, acaba por ser vencida pelo cansaço, soçobrando, destinada, quiça, a servir de alimento para terríveis felinos.
É encontrada então por um grupo de viajantes Neanderthalenses que, com pena daquele frágil ser, a acabam por adoptar, nascendo aí toda uma história que irá pôr em foco as diferenças entre essas duas raças e sobretudo uma curiosa comparação e estudo entre as mesmas.
É um texto imponente onde é evidente o porquê do fim do Homem de Neanderthal. Extremamente atractivo ao nível das peripécias narradas, é também ele constantemente salpicado por factos sórdidos de cariz sexual, revelando, como é compreensível, uma bestialidade insana, mesmo grotesca.
Brilhantemente adaptado ao cinema em 1986 por Michael Chapman e tendo como principal actriz a bela Daryl Hannah, este é um livro riquíssimo ao nível Histórico e deveras aliciante e excitante na forma como o enredo é construído.
Altamente recomendado.
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