De facto, a estrutura do livro é bastante apelativa: são crimes narrados em diversas épocas. As pistas são poucas. No final do episódio, há instruções de leitura para novas pistas e para a solução. Mas, para os leitores mais interessados, há igualmente alguns apontamentos sobre a época histórica em causa, a partir de elementos da mini-narrativa.
O texto não é simplista, utilizando uma construção que se aproxima dos clássicos policiais, sem facilitismos lexicais, por exemplo. Fiz a experiência comigo, e resultou. Fiquei intrigada com os crimes, e não consegui adivinhar nenhum, nem mesmo com a ajuda das pistas suplementares. É quase tão elementar como a lógica de Sherlock Holmes, embora sem a fascinante minúcia do detective. As possibilidades de encontrar o criminoso não algumas, porque o leque de personagens em cada caso é curto, mas nem os motivos não são claros, tornando o acto criminoso aparentemente aleatório.
Confesso que tinha algumas reservas quanto à fórmula, mas depois da leitura, considero esta leitura como um desafio interessante, não apenas do ponto de vista da compreensão da lógica narrativa e da leitura mais ascendente (tendo em conta todos os detalhes), mas também como passo embrionário para a leitura de policiais de outro fôlego, no futuro.
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