quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Byblos

Após ter aberto há cerca de um ano atrás, surgem agora notícias que dão conta do iminente fecho da livraria Byblos. Eis o artigo do Diário Económico, da autoria de Marina Conceição, com Hugo Real e Joana Petiz:

A livraria Byblos, que tem lojas no Porto e Lisboa (a maior do país), vai fechar. O Diário Económico apurou que a empresa de Américo Areal, que vendeu a editora Asa a Miguel Pais do Amaral, hoje já não estará aberta ao público. A Byblos estava à procura de um parceiro que garantisse a viabilidade económica do projecto. No entanto, tal não foi conseguido e, neste momento, já existem dívidas a fornecedores e editoras que se recusam a distribuir livros. Além disso, o Diário Económico sabe ainda que a empresa que faz a segurança do edifício cumpriu ontem o seu último dia de trabalho na Byblos, enquanto que os funcionários de restauração já saíram na terça-feira, dia 18. Já os colaboradores da Byblos, até ao fecho desta edição, não tinham sido informados pela administração sobre qual será o futuro da empresa. Mas o Diário Económico sabe que o cenário mais provável é a venda a outro grupo, podendo a Byblos voltar a abrir portas mas com um novo nome e proprietário.

Para hoje está marcada uma reunião com os funcionários, na loja das Amoreiras, que aí deverão ficar a conhecer o seu futuro.

Contactado pelo Diário Económico António Ramos, chefe do gabinete de comunicação da Byblos, não quis comentar estas informações, reservando para hoje um comunicado sobre a situação da empresa.

Só estive na Byblos uma vez, pouco tempo após abrir as portas, e não fiquei particularmente impressionada. Presumo que alguns dos aspectos menos positivos que apontei na altura foram corrigidos entretanto, mas as questões de fundo que referi na altura não me parece que tenham sido resolvidas, dando azo à situação actual. Disse que "a Byblos, sendo um novo player no mercado das livrarias em Portugal e querendo enfrentar a grande líder que é a FNAC, parte com uma desvantagem considerável que é a sua localização e respectivos acessos. Para além de se encontrar numa zona que não é servida pelo metro, também não está incluída numa grande superfície comercial (ao contrário da FNAC Colombo ou mesmo da FNAC Chiado), e a zona das Amoreiras não é propriamente muito fácil no que ao estacionamento diz respeito.
A conclusão a tirar desta breve reflexão que fiz é que a não ser que o valor que a Byblos oferece ao seu cliente seja incomparavelmente melhor do que o que oferece a concorrência, esta não lhe conseguirá fazer frente." Infelizmente, parece que a minha previsão se confirma.

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