domingo, 16 de novembro de 2008

Glossário Kryon, de Vitorino de Sousa

TRECHO:
INTRODUÇÃO
Nas páginas que se seguem o leitor encontrará frases, conceitos, advertências, sugestões e
incentivos retirados de todas as canalizações que fui recebendo de KRYON, desde Novembro de
2003 até Agosto de 2006, durante seminários, reuniões, palestras, etc.1 Todo esse material foi
relido, tendo em vista a selecção de alguns excertos que compusessem um glossário2, uma vez
que nos pareceu importante, a mim e ao editor António Rosa, das Editoras Anjo Dourado e
Angelorum Novalis, facilitar ao público pequenos textos que pudessem servir de temas de
reflexão. Esta ideia surgiu com tanta força de impacto que acabámos por construir um sítio, a
que chamámos «Glossário Espiritual», onde o leitor poderá encontrar este mesmo tipo de
excertos, mas retirados das canalizações de todas as outras entidades que tenho vindo a
canalizar para além de KRYON3.
A este respeito, e para que não haja maiores confusões do que aquelas que já grassam por
esse mundo acerca de quem tem o «direito» de canalizar KRYON, debrucemo-nos brevemente
acerca do seguinte tema:
Quem canaliza Quem
Alguns dados acerca da comunicação telepática
entre os Humanos e entidades extradimensionais
Desde os anos 90 do século XX, a Humanidade de superfície da Terra tem vindo a assistir à
generalização de um fenómeno que, desde tempos remotos, parecia estar reservado a uns
quantos «eleitos». Refiro-me à canalização (do inglês channelling). Para explicar
resumidamente do que se trata, irei socorrer-me de alguns elementos, quer adquiridos
pessoalmente através de canalizações que eu próprio fui recebendo, quer recolhidos dos livros
de KRYON,4 uma entidade que, desde 1990 se deu a conhecer à Humanidade através das
canalizações do californiano Lee Carroll.
Então, o que vem a ser “canalização”? Yoronash (meu mentor arcturiano para esta
manifestação terrena e companheiro de trabalho em 9.4D5) transmitiu-me a seguinte
explicação:
(…) Parece-nos correcto e perfeitamente apropriado definir canalização como um fenómeno de
telepatia. (…) Canalização é telepatia com uma entidade extradimensional. Telepatia, porém,
não é a capacidade de ler o pensamento de outro ser; é a capacidade de receber o seu
pensamento. Telepatia não é um processo de invasão do pensamento; é uma técnica de
comunicação!
Já Lee Carroll, o mais importante canal de KRYON; dá-nos a seguinte explicação:
Canalização é o meio através do qual nos chegam as palavras divinas inspiradas (ou a energia)
de Deus, distribuídas aos Humanos. (…) O acto de canalizar é absolutamente um lugar-comum.

1 A programação das oportunidades de contactar com esta frequência, ou outras, está disponível na AGENDA de
www.velatropa.com.
2 Aproveito para agradecer a colaboração de Domingas Cruz, que se encarregou desse trabalho de selecção e deu a
ideia de se publicar este livro, apresentado-o no 1º Encontro Ibério Kryon que estávamos a organizar para Janeiro de
2007.
3 Ver www.velatropa.com (botão «Glossário»).
4 Uma das minhas tarefas entre 2002 e 2004, foi traduzir, para português, os nove livros de Kryon/Lee Carroll.
5 Fiquei a conhecer esta entidade durante iniciação de «acoplamento ao Grupo Kryon», (Santos, Brasil, Junho 2003),
facilitada por Shtareer canalizado por Rodrigo Romo. A transcrição do que foi dito está em www.velatropa.com (botão
«Vitorino»).

Portanto, se é absolutamente um lugar-comum, apetece perguntar se qualquer pessoa pode
canalizar? O citado canal de KRYON escreve o seguinte:6
O Espírito (Deus) não é propriedade de ninguém. Assim, qualquer um pode canalizar. A
verdade está disponível para todos.
Contudo, convém prestar atenção ao teor das mensagens canalizadas e conhecer algumas
regras que ajudem a discernir se uma mensagem provém de uma entidade que milita no lado
luminoso ou sombrio do Espírito. Porque este tema é de suma importância, a seguir
apresentam-se alguns tópicos sobre a natureza e o propósito das canalizações, que poderão
ajudar a esse discernimento:
1. As entidades de luz não mentem.
2. O propósito das canalizações é propor informação útil e soluções espirituais para os
desafios da vida de todos os Humanos na Terra.
3. A informação transmitida não pode destinar-se somente a um grupo especial ou
isolado. Uma transmissão de Luz é para todos.
4. Qualquer entidade de Luz sabe que não pode interferir na liberdade de escolha dos
Humanos. Por isso, jamais incentivará alguém a venerar um certo mestre ou divindade.
5. Uma entidade de Luz nunca se apresentará como a fonte exclusiva da informação
transmitida.
6. Uma canalização do Espírito jamais promove a divisão, a discriminação ou a proibição
seja do que for; jamais criticará ou julgará qualquer entidade ou ser humano.
7. Uma entidade de Luz não transmite “certezas” acerca do que vai acontecer. Como o
processo é comandado pelo livre arbítrio dos Humanos não é possível saber qual o desfecho
seja do que for.
8. O Espírito nunca enviará uma mensagem onde lhe peça para abdicar do seu livrearbítrio.
9. O Espírito nunca enganará ou negociará. A mensagem deverá transmitir uma sensação
de comodidade e ressoar no seu coração. Não pode, por isso, inspirar medo.
10. Por fim, só a maturidade espiritual (a abertura do seu coração), poderá dizer se uma
canalização provém do lado luminoso do Espírito ou do seu lado sombrio.
Para encerrar estes breves esclarecimentos sobre o antiquíssimo fenómeno da canalização,
talvez convenha revelar por que escolhi KRYON, em vez de qualquer outra entidade, para ser o
eixo do que pretendo dizer? Porque a popularidade deste «anjo», servidor da Irmandade do Sol
Central, tem vindo a aumentar (nem sempre de forma saudável) entre os Humanos
interessados na ascensão da Terra. Outra razão decore de conhecer relativamente bem toda a
informação desta entidade. Julgo-me, assim, bem posicionado para ver o fosso que, por vezes,
se manifesta entre a teoria verbalizada por alguns Trabalhadores de Luz e o seu
comportamento. Realmente, lemos centenas, senão milhares de páginas, onde se fala da Nova
Condição Humana (e do que isso implica), mas também muito frequentemente não sabemos o
que fazer. Quer um exemplo? Eis uma pergunta feita a KRYON e a sua respectiva resposta,
canalizada por Lee Carroll.
Pergunta: “O que devo fazer com os textos canalizados? Como devo lidar com essa informação?

6 Livro 6 de Kryon – Em Sociedade com Deus.

Resposta: Eis algo que já mencionei antes: usem a informação canalizada como fariam com
qualquer livro de investigação. Retirem o que desejem dele, fechem o livro e ponham-no na
estante. Porque estão preparados, vocês não necessitam constantemente de um canal, de um
guru ou de um líder. Vocês são os “pastores”.7 Avancem com o poder do coração. Usem a
informação canalizada como uma fonte para elevar a vossa vibração e o vosso poder como
Trabalhadores da Luz.
A razão que me levou a escolher este excerto do já citado Livro 6, é a seguinte: nas minhas
andanças de divulgador da informação e da energia do Grupo Kryon, tenho vindo a constatar
(cada vez com mais apreensão, diga-se), que alguns Trabalhadores da Luz parecem ter caído
na armadilha de considerar KRYON tal como, noutros tempos, consideravam o mestre, o guru,
o padre, o cacique, enfim, aquele que havia de lhes dizer o que podia ou não podia ser feito, o
que era correcto ou incorrecto, etc. Esta atitude, bem típica da fase inicial do desenvolvimento
da Humanidade, caracteriza-se por uma dependência de (quase) tudo e de (quase) todos. É
uma postura similar à da criança que não se imagina a viver sem as directrizes e a orientação
do pai ou de qualquer outra figura de autoridade. Mas a Convergência Harmónica de Agosto de
1987 veio anunciar, precisamente, que a Humanidade, nos seus planos superiores, decidira
retomar o desenvolvimento e, portanto, avançar para a ascensão através de um processo de
limpeza profunda do Karma dos seres humanos, para que a autonomia pudesse manifestarse.
Esta operação, altamente desafiadora para muitos, seria a antecâmara do passo seguinte: a
subtilização da energia que conforma os seus diversos corpos. Por outras palavras, fora
tomada, colectivamente, a decisão de encerrar o longo e penoso período de dependência, onde
imperava a dramática sensação de invalidez, desamparo e inutilidade, decorrente do
elevadíssimo grau de insegurança e do baixíssimo grau de auto-estima… sustentados pelo
omnipresente medo! Por conseguinte, é lamentável ver como alguns Trabalhadores da Luz
ainda se preocupam em saber se KRYON já abordou o tema X ou o assunto Y, para decidirem o
que fazer. Muitos dizem-se amantes da informação canalizada… mas tratam muito mal a sua
amada! Não é preciso procurar muito para encontrar o que é preciso que os Humanos
compreendam, assimilem… e apliquem! Basta reler parte da resposta acima transcrita:
Porque estão preparados, vocês não necessitam constantemente de um canal, de um guru ou
de um líder. Vocês são os “pastores”. Avancem com o poder do coração.
Será assim tão difícil entender o que estas duas frases significam?
Reflectindo sobre o assunto, sou tentado a concluir que o grau de consciência de certos
Trabalhadores de Luz é suficiente para facilitar o entendimento intelectual da informação, mas
é insuficiente para facilitar a sua assimilação. Esta frustrante incapacidade de integrar os
ensinamentos que apaixonam os seus corações pode ir, no entanto, ainda mais longe. Veja-se,
por exemplo, aquelas pessoas que se apresentam nos meios espirituais reivindicando uma
posição de exclusividade ou de domínio sobre os demais. Esta estranha e anacrónica atitude
manifesta-se com posições do tipo: «Eu é que sou o canal da entidade X!» (donde se
depreende que os outros canais são impostores). Ou então: «Só nós é que podemos falar do
tema Y» (donde se depreende que mais ninguém tem esse direito). Ou ainda: «O Sr. e a Sr.ª
(nomes) estão proibidos de pertencer a este grupo, porque KRYON não quer!»8
Mas, afinal, quem investiu estas pessoas com essa autoridade? Será que tal investidura ocorreu
por via de canalização? Se assim foi, convém relembrar o que já foi escrito acima:
Uma canalização do Espírito jamais promove a divisão, a discriminação ou a proibição seja do
que for.
7 Já não as «ovelhas»!
8 Todos estes exemplos remetem para casos verídicos.

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