sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Nunca Me Esqueças

Sinopse: Naquele que seria o dia mais decisivo da sua vida, Mary – filha de humildes pescadores da Cornualha – traçou o seu destino ao roubar um chapéu. O seu castigo: a forca.
A sua única alternativa: recomeçar a vida no outro lado do mundo.
Dividida entre o sonho de começar de novo e o terror de não sobreviver a tão dura viagem, Mary ruma à Austrália, à época uma colónia de condenados. O novo continente revela-se um enorme desafio onde tudo é desconhecido… como desconhecida é a assombrosa sensação de encontrar o grande amor da sua vida. Apaixonada, Mary vai bater-se pelos seus sonhos sem reservas ou hesitações. E a sua luta ficará para sempre inscrita na História.

Inspirada por uma excepcional história verídica, Lesley Pearse – a rainha do romance inglês – apresenta-nos Mary Broad e, com ela, faz-nos embarcar numa montanha-russa de emoções únicas e inesquecíveis.

Em relação a este livro, começo por dizer que, na minha opinião, a sinopse não é um retrato fiel da história que ele contém. Aliás, tanto a sinopse como a capa (da qual gosto) dão a ideia - pelo menos a mim deram - de que estamos na presença de um romance cor-de-rosa, que por acaso até se passa numa altura conturbada da história da Inglaterra.

Mas a verdade é que "Nunca Me Esqueças" é um romance histórico, que cobre um período da vida da inglesa Mary Broad (ou Bryant), uma mulher que ficou famosa pelo facto de, depois de cometer um roubo e ter sido deportada para a Austrália em finais do século XVIII, conseguiu fugir da colónia com os filhos e alguns companheiros, percorrendo cerca de 5.000 km num "pequeno" barco.

Como boa parte deste género de livros, a história encontra-se romanceada, mas muito menos do que esperaria. Aliás, uma das coisas que mais me agradou neste livro foi precisamente o facto de a autora se ter mantido fiel à história de Mary e ao seu final. O livro tem um tom muito realista, que só o ajuda a tornar-se mais agradável. Realista também é a caracterização da personagem principal. Mary é apresentada como uma mulher inteligente, corajosa e lutadora... alguém que não se verga perante as dificuldades. Perante os factos que conhecemos hoje, não me custa a acreditar que assim tenha sido.

As descrições das condições de vida miseráveis dos prisioneiros da época estão muito bem conseguidas, mas pessoalmente gostaria de ter lido mais desenvolvimentos sobre aquela Austrália inexplorada e sobre os seus nativos.

Para resumir, é um livro agradável e que se lê muito bem. Fiquei curiosa para ler mais coisas desta autora.

7/10 - Bom

[Livro n.º 5 do meu Desafio de Leitura]

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