quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Espírito do Amor

Sinopse: A leitura deste romance de Ben Sherwood deixa-nos impressa na alma uma certeza luminosa – a de que, por vezes, o amor vence a morte. Charlie St. Cloud veio a sabê-lo de duas formas distintas mas igualmente prodigiosas. Primeiro com Sam, o irmão mais novo, depois, com Tess, o seu grande amor. Quando um violento acidente de viação leva Sam, com apenas doze anos, para o outro lado da vida, Charlie promete-lhe que nunca o abandonará. O laço inquebrantável que une os dois jovens irmãos torna fictícia a fronteira entre a vida e a morte, e possível o seu encontro diário ao longo de treze anos. Tudo poderia ter continuado assim, naquela espécie de limbo, se Tess nunca tivesse aparecido. Mas ela veio, e isso mudou tudo… Charlie deixou-se apaixonar por aquela mulher fascinante, deixou que ela lhe mostrasse o carácter ilusório do paraíso em que vivia, que lhe desse a conhecer, com maior nitidez, a ponte que atravessa.

Tal como precisamos de momentos de descanso nas nossas vidas cada vez mais atarefadas, também nas leituras me sabe bem por vezes parar um pouco e respirar fundo. Para isso, escolho normalmente livros que me parecem mais "leves", mais fáceis de ler e que não exijam muita concentração da minha parte. "O Espírito do Amor" pareceu-me preencher todos esses requisitos.

Mas, se é verdade que é um livro de fácil leitura e que se lê num ápice, também é verdade que um dos seus temas principais, a morte, é tudo menos leve. Apesar disso, não é um livro que trate a morte de uma forma pesada e dolorosa, pelo contrário. Encara-a antes como uma transição que, apesar da enorme dor que causa nos entes queridos, leva as pessoas para a paz.

Este livro tem uma visão muito própria do pós-morte (um pouco fantasiosa, na minha opinião), mas que, de certo modo, preenche uma lacuna na eterna questão: para onde vamos depois de morrermos?

A história transmite também uma mensagem muito forte no que toca ao amor e à esperança. Contém momentos bastante tocantes e emocionantes.

Apesar disso, a partir de certa altura, o livro tornou-se demasiadamente irreal para mim, resultado da visão pós-morte que referi acima, mas também das minhas crenças pessoais. Talvez seja demasiado realista para me ter encantado o suficiente com a imagem e mensagem transmitidas pelo livro. Por outro lado, em vários momentos, gostaria que o livro tivesse sido mais bem desenvolvido.

Como nota final, posso dizer que gostei e que recomendo este livro a todas as almas românticas que andam por aí :)

7/10 - Bom

[Livro n.º 4 do meu Desafio de Leitura]

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