No site do Portal do Governo, podem ler-se, em síntese, os resultados da avaliação externa ao 2º ano de funcionamento do Plano Nacional de Leitura. As estatísticas são, à partida, positivas. A maioria das escolas deu continuidade a actividades de leitura orientada, privilegiando assim o contacto com as obras e não apenas com excertos.
Mas é importante disponibilizar diferentes estratégias e continuar a motivar todos os mediadores envolvidos no processo. As famílias têm um papel fulcral no prazer pela leitura, mas não se pode desinvestir na escola, pela sua relação de proximidade com as famílias e pela sua condição sociabilizante. Do mesmo modo, os públicos das diversas faixas etárias merecem acompanhamento e dedicação. Inclusivamente os jovens não leitores. Muitas vezes, quando trabalhamos com os não leitores esquecemo-nos que no futuro muitos deles serão mediadores, na sua condição de pais. Se ao seu comportamento não leitor não estiver associado nenhum preconceito social relativamente à leitura, ser-lhes-á muito mais fácil acolher as actividades dos filhos e acompanhá-los.
O balanço é positivo, mas dois anos são apenas uma ínfima contribuição para a formação da gerações presentes e futuras. E a cada ano os resultados estatísticos serão menos reveladores, à medida que os hábitos didácticos se forem instalando. Depois disso, o que teremos de avaliar são as consequências efectivas junto da comunidade. Que leitores teremos?
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