Esclareça-me quem possa.
A DGLB financia uma Carteira de Itinerâncias, através da qual pelo menos três acções diferentes chegam a todas as Bibliotecas Municipais do país. As Bibliotecas, por seu turno, oferecem um espectáculo, uma acção de formação, um curso breve, um atelier. A quem? A adultos, crianças, jovens... depende.
No nosso caso, um dos ateliers que consta na carteira dirige-se a turmas do 3º ciclo. Chama-se Diz-me quem és, dir-te-ei o que lês e dura 90 min., para não atrapalhar muito o funcionamento lectivo. Qual é a dificuldade, para um professor, em levar uma turma à Biblioteca Municipal, durante 90 min?
É um atelier de pormoção da leitura, integrem-no no período dedicado à leitura recreativa, às actividades do PNL, ao que quiserem. Mas, por favor, tenham respeito pelos colegas, pelos alunos e por todos os que estão envolvidos nestas acções.
Há alturas em que fico verdadeiramente furiosa. Sei que há burocracia nas escolas, mas também há vontade, e falta dela. Quem faz acções não tem de agradecer aos professores o enorme esforço, estes é que devem vê-las como mais uma estratégia, mais uma possibilidade de ajudar os alunos.
Quando faço formações sou confrontada com problemas graves e sérios. Normalmente, são esses professores quem mais está disposto a fazer actividades. Porquê? O Estado já gasta pouco dinheiro na Cultura, para não falar na Educação, não podemos desperdiçar assim aquilo que ainda existe. Se há por aí tão bons exemplos, de Bibliotecas Municipais em sintonia com as escolas, por que não segui-los?
Foram adiados dois ateliers que estavam agendados desde Maio. Porque as professoras não comunicam as informações, porque a professora responsável está doente, porque os professores de outras disciplinas não trazem os alunos para participarem numa actividade de leitura, que afinal depende exclusivamente da disciplina de português.
É pena.
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