Sinopse:
O narrador deste romance é um estudante que, ao chegar a Nova Iorque para uma pós-graduação, conhece na universidade uma rapariga bastante enigmática chamada Kim pela qual se apaixona doidamente. Apesar de achar que nunca será capaz de a conquistar, acaba por ser correspondido no seu amor, embora não chegue nunca a decifrar inteiramente os mistérios que envolvem a rapariga. É por isso também que a morte desta, brutal e inesperada, o vai encher de culpa e remorso e lançálo numa espiral descendente que o transformará num autêntico vagabundo. É então que, sem dinheiro nem bens, o protagonista chega ao Hotel Memória, um estranho lugar na Baixa de Manhattan que parece destinado a albergar criaturas perdidas; e é também aí que conhece Samuel, um excêntrico milionário que o desafia a procurar um fadista português desaparecido, Daniel da Silva, emigrado para os Estados Unidos na década de sessenta. A pouco e pouco, deparando-se com o inesperado a cada esquina, o narrador vai-se embrenhando nesse mistério por resolver, e a busca por Daniel da Silva transforma-se na busca do seu próprio eu, da sua identidade perdida e do seu passado. Tendo Nova Iorque como pano de fundo, dos anos sessenta até ao presente, e criando a figura inesquecível de Daniel da Silva, o fadista que conquista Manhattan com o seu talento, Hotel Memória é, ao mesmo tempo, um romance de mistério, um policial e uma aventura. Inspirado pela ficção de Edgar Allan Poe e de Melville, que são referências constantes, é um livro ao mesmo tempo intrigante e comovente, que lida com os fantasmas da memória, da culpa e da redenção.
Depois de ter ficado, positivamente, surpreendido pela qualidade do seu último livro, “As 3 vidas”, ler o segundo livro (ainda me falta ler a sua primeira obra e uma participação num livro de contos fantásticos) do escritor português João Tordo era quase obrigatório.
Aproveitando a edição de bolso, por isso mais barata, comprei-o na Feira do Livro e não resisti muito tempo para o começar a ler, confirmando que a escrita de João Tordo nos leva a percorrer histórias entusiastas, que nunca pensamos parar de ler.
Apesar de este livro ser anterior a “As 3 vidas”, demonstra-nos um autor com uma escrita bem madura, onde todas as palavras parecem bater certo, e bastante cinematográfica, não me admirando que qualquer dia ele se aventure na escrita de argumentos de cinema.
Sobre a história, penso que a sinopse resume bem, e até, por um lado, revela demais. A personagem principal, que é o narrador, é um estudante brilhante, mas que depois dum acontecimento inesperado na sua vida, que quase o levará à auto-destruição, terá uma missão desafiadora e perigosa: encontrar um fadista português, de nome Daniel da Silva.
Mais uma vez, João Tordo consegue impor uma mais-valia ao seu romance, disfarçado de policial, entrecruzando as histórias de vida das suas personagens, como se fosse uma verdadeira teia que levará a um caminho comum, levando a embalar-nos e a ler sofregamente.
Por fim, são as referências a pessoas que o influenciam, das quais os autor tem admiração na escrita, no cinema ou na música; leva-nos a pensar que aquela história bem poderia ser a nossa ou de alguém nosso conhecido. Um romance para ler com prazer.
8/10 - Muito Bom
Aproveitando a edição de bolso, por isso mais barata, comprei-o na Feira do Livro e não resisti muito tempo para o começar a ler, confirmando que a escrita de João Tordo nos leva a percorrer histórias entusiastas, que nunca pensamos parar de ler.
Apesar de este livro ser anterior a “As 3 vidas”, demonstra-nos um autor com uma escrita bem madura, onde todas as palavras parecem bater certo, e bastante cinematográfica, não me admirando que qualquer dia ele se aventure na escrita de argumentos de cinema.
Sobre a história, penso que a sinopse resume bem, e até, por um lado, revela demais. A personagem principal, que é o narrador, é um estudante brilhante, mas que depois dum acontecimento inesperado na sua vida, que quase o levará à auto-destruição, terá uma missão desafiadora e perigosa: encontrar um fadista português, de nome Daniel da Silva.
Mais uma vez, João Tordo consegue impor uma mais-valia ao seu romance, disfarçado de policial, entrecruzando as histórias de vida das suas personagens, como se fosse uma verdadeira teia que levará a um caminho comum, levando a embalar-nos e a ler sofregamente.
Por fim, são as referências a pessoas que o influenciam, das quais os autor tem admiração na escrita, no cinema ou na música; leva-nos a pensar que aquela história bem poderia ser a nossa ou de alguém nosso conhecido. Um romance para ler com prazer.
8/10 - Muito Bom
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