História
Em 450 DC, o Império Romano do Ocidente estava a perder, de uma forma gradual, o poderio militar assim como o controlo das suas províncias, entre as quais a Gália, a Bretanha, a Lusitânia, entre outras.
De Oeste uma nova e poderosa força, alicerçada em alianças de povos que odiavam os romanos, os Hunos, liderados por Atila, avançam sobre Roma com um exército de 1 milhão de homens, algo nunca visto em toda a Europa.
A liderar o exército romano estava o general Flávio Aécio que, de acordo com documentos da época, comandava um exército de 500.000 homens, exército composto pelas legiões romanas e por povos que se mantinham fiéis a Roma, os Visigodos, os Francos e os Alanos. No entanto deixo aqui a ressalva acerca destes números, pois há historiadores que avançam com cerca de 300.000 homens para cada lado.
Entre Flávio e Atila um pormenor sobressaia: eram amigos de infância.
Flávio, por causa da política da altura do Império Romano, havia sido entregue como refém aos Hunos e aí criado durante 14 anos (409-425). Atila, através da mesma política, esteve entre os romanos pelo menos período. Tornam-se amigos no período (409) onde convivem durante alguns meses.
Esse período, obviamente, irá moldar o carácter desses dois homens. Ambos aprendem a conhecer o povo com quem vivem, mas ambos vão mais longe, ambos aprendem os costumes e tradições desses povos e, sobretudo, aprendem a pensar como um deles. Isso acontece principalmente com Aécio.
Esses factos vão ter uma preponderância sublime nos acontecimentos futuros. Ambos conhecem a mentalidade do inimigo e ambos tiram disso vantagem.
Em 450 DC, o Império Romano do Ocidente estava a perder, de uma forma gradual, o poderio militar assim como o controlo das suas províncias, entre as quais a Gália, a Bretanha, a Lusitânia, entre outras.
De Oeste uma nova e poderosa força, alicerçada em alianças de povos que odiavam os romanos, os Hunos, liderados por Atila, avançam sobre Roma com um exército de 1 milhão de homens, algo nunca visto em toda a Europa.
A liderar o exército romano estava o general Flávio Aécio que, de acordo com documentos da época, comandava um exército de 500.000 homens, exército composto pelas legiões romanas e por povos que se mantinham fiéis a Roma, os Visigodos, os Francos e os Alanos. No entanto deixo aqui a ressalva acerca destes números, pois há historiadores que avançam com cerca de 300.000 homens para cada lado.
Entre Flávio e Atila um pormenor sobressaia: eram amigos de infância.
Flávio, por causa da política da altura do Império Romano, havia sido entregue como refém aos Hunos e aí criado durante 14 anos (409-425). Atila, através da mesma política, esteve entre os romanos pelo menos período. Tornam-se amigos no período (409) onde convivem durante alguns meses.
Esse período, obviamente, irá moldar o carácter desses dois homens. Ambos aprendem a conhecer o povo com quem vivem, mas ambos vão mais longe, ambos aprendem os costumes e tradições desses povos e, sobretudo, aprendem a pensar como um deles. Isso acontece principalmente com Aécio.
Esses factos vão ter uma preponderância sublime nos acontecimentos futuros. Ambos conhecem a mentalidade do inimigo e ambos tiram disso vantagem.
Opinião
O livro está sublime!
Michael Curtis Ford, como nos tem habituado, efectua um trabalho de pesquisa história soberbo.
Os acontecimentos acima narrados são todos escalpelizados.
O livro inicia-se com a infância destes dois homens e aborda o seu crescimento. Centra-se mais em Aécio simplesmente porque de Atila sabe-se pouco, pois os Hunos não deixaram documentos e a sua civilização quase que não deixou vestígios. De Atila conhece-se alguma coisa mas isso deve-se a historiados romanos.
Dessa forma, Curtis Ford, com o pouco que tem, é sublime na forma como retracta os costumes e tradições dos Hunos. Mitos, histórias e modos de vida são-nos dados a conhecer, um povo “bárbaro” que dizimava à sua passagem.
As tricas e alianças, até a justificação de Atila em atacar os romanos, quando entre os romanos e os hunos existia um pacto de não agressão, está bem encaixada e de acordo com a História.
A culminar está a Batalha dos Campos Catalaúnicos ou a Batalha de Chalons.
A descrição da mesma é terrível, de uma violência inolvidável.
Nessa batalha, travada a 20 Junho de 451, pereceram mais de 1/3 do exército de ambos os lados. “Pilhas de Mortos”, “à sua frente, o chão estava coberto de cavalos e de homens, montes de corpos…”, “estavam empilhados casualmente em muralhas improvisadas e contorcidas no local onde tinham caído…”
Durante um dia inteiro e parte da noite, os exércitos digladiam-se de uma forma brutal, insana, para além do racional. Na confusão tudo é permitido, a brutalidade dessa batalha, que irá ter uma importância enorme no futuro da Europa, é soberba e excitantemente bem escrita por Michael Curtis Ford, dando-nos não só uma real percepção dos acontecimentos como, também, nos faz quase participar nessa mesma batalha e nos acontecimentos anteriores à mesma.
Um livro excepcional!
Classificação: 5
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