segunda-feira, 15 de junho de 2009

A verdade sobre a bruxaria, de Hans Holzer

TRECHO:
INTRODUÇÃO
Ao escrever sobre bruxaria, magia e outros cultos secretos, não tenho a mínima intenção de copiar, repetir ou apresentar sob novas feições material já disponível nas bibliotecas. Mesmo porque os poucos livros que se dedicam ao assunto ou são antiquados ou não passam de pura literatura de ficção. Muito poucas pessoas, hoje em dia, acreditam na existência de magia e feitiçaria. Uma das razões que explicam este fato é a dificuldade, ou melhor, a quase total impossibilidade de se obter material realmente esclarecedor. Como se isso não bastasse, a maioria das tradicionais famílias de feiticeiros e quase todos aqueles que escolheram a bruxaria já na idade adulta mantêm suas portas cerradas aos estranhos, receosos do conceito que deles se possa fazer. Apenas um ou outro adepto da feitiçaria, tem a coragem de se apresentar abertamente como tal. Qualquer pessoa de cultura média tem uma idéia completamente falsa do que seja a crença da antiga bruxaria. Não se pode culpar o público por isso, desde que nenhuma fonte reputável de informação lhe chega às mãos. Sinto que é chegado o momento de falar clara e abertamente sobre este assunto, a fim de que, por ignorância, esta prática não seja, no aspecto secreto que ainda contém, falsamente confundida com a prática do mal. A prática da Antiga Religião, também conhecida como Arte dos Sábios, é um culto honesto e socialmente positivo, o que lhe concede o direito de merecer o interesse público. É interessante notar que, se uma pessoa, curiosa ou atraída pela bruxaria, procurar uma comunidade de feiticeiros, não será, necessariamente, recebida de braços abertos. Ainda continua sendo uma prerrogativa da bruxaria escolher seu pessoal cuidadosamente, da mesma maneira que qualquer
outro grupo social tem o direito de admitir ou recusar seus membros na base do valor e do mérito individuais. Talvez uma nova maneira de encarar o problema, a chamada política "de portas abertas", seja apresentada por minha boa amiga Sybil Leek, ex-sacerdotisa-chefe na região de New Forest, no Sul da Inglaterra. Sybil Leek, que tanto tem feito para apresentar a imagem real do feiticeiro, através de seus livros e da televisão americana, não tem nem nunca teve a intenção de conseguir adeptos. Nunca respondeu às cartas de curiosos, mesmo os bem-intencionados, nem nunca entrou em discussões sobre aspectos particulares de qualquer uma das várias comunidades de feiticeiros. Sua opinião sobre a admissão de novos membros é ainda mais rígida do que a da maioria dos membros da Antiga Religião. São suas estas palavras: "A filtragem e a seleção são ainda um fator essencial. Pelo menos, até que o antigo sistema europeu de ensino e preparação seja trazido para a América. Por enquanto, os possíveis novos membros ainda terão que esperar. É impraticável uma admissão apressada, mesmo nos graus mais baixos. As pessoas precisam estar realmente preparadas para poderem estudar e trabalhar com os outros, pois só assim poderão participar de uma reunião de maneira positiva e proveitosa. Muitos americanos parecem pensar que se trata de um novo tipo de clube, o que, absolutamente, não é. Eu nunca seria contra a necessidade de uma verdadeira preparação, pois foi uma boa e eficiente preparação que possibilitou às comunidades européias sobreviverem à situação caótica, à necessidade de se esconder, à grande devastação geral. No que insisto é que é preciso que haja um senso de dignidade. Se assim não for, tudo estará perdido." O desenvolvimento espiritual do homem é mais importante que seu sucesso material. Tudo que abrir caminho para o estudo e compreensão desse desenvolvimento será útil neste nosso mundo repleto de falsos valores. Se a bruxaria ou a magia, ou ambas, conduzirem à realização espiritual do
homem, estou a seu favor. Pois Deus está em toda parte, e em toda parte está Deus. Bendito seja!
Hans Holzer

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