Não sei se vocês já passaram por situação parecida, mas as pessoas acham estranho ver um adulto lendo livros ou revistas infantis. Leio sempre que posso. Gosto muito. No ônibus, na praça, no avião... Pois esta manhã aconteceu de novo... Havia encontrado o Rogério de Andrade Barbosa no saguão do aeroporto... conversamos sobre o ABC do Continente Africano e outras mumunhas. Depois, cada um seguiu seu caminho. Eu seguia para Fortaleza - de onde escrevo agora. No avião, fui terminando de ler um livro surpreendente do angolano Ondjaki - que postarei em breve por aqui - quando a aeromoça passou distribuindo uma revista para crianças. Interrompi minha leitura e pedi a revista. A moça sequer me olhou nos olhos e seguiu em frente dizendo que era uma revista PARA CRIANÇAS e que se eu estivesse a fim de uma leitura ela traria a revista PARA ADULTOS da companhia. A aeromoça desapareceu no corredor. Pelo que pude ver as crianças que receberam a revista não conseguiram sequer folheá-la e já os pais a esqueciam no guarda volumes. Não posso afirmar o conteúdo da revista, mas imagino... E certamente a aeromoça tem como cultura o fato de que um adulto não pode ler nada para crianças. Talvez porque o que se escreve para elas são bobices e uma pessoa adulta não pode desfrutar deste desprazer. Ponto para mim, que terminei o livro do Ondjaki. Ademais, continuo lendo Eva Furnari, Roger Mello, André Neves, Bia Hetzel, Sylvia Orthof... na praça, no ônibus, no avião...
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
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