Espírito iluminista e, ao mesmo tempo, profundamente religioso, Manuel da Maia é uma das figuras capitais do século XVIII português.
Engenheiro de profissão, dedicou-se a uma multiplicidade de actividades, característica dos homens das Luzes. Organizou as fortificações marítimas de Lisboa, na iminência da invasão inglesa; superintendeu a edificação de outras fortificações, um pouco por todo o país; traduziu diversas obras de construção militar; desenhou mapas geográficos e militares.
A sua capacidade de trabalho é lendária. Tal como não deixava ninguém do seu tempo indiferente, a promessa de entregar aos pobres um terço dos seus ganhos e o facto de, aos 12 anos, ter feito voto de castidade. Alcançou as maiores honras, que culminou com a designação de Mestre de Campo General e a de Engenheiro-mor do reino, em 1758. No ano seguinte recebeu o grau de Cavaleito da Ordem de Cristo.
A importância do seu labor foi reconhecida quando, indigitado Guarda-mor da Torre do Tombo, salvou o arquivo na sequênciado terramoto de 1755. Foram também as consequências do terramoto que exigiram o melhor do septuagenário Manuel da Maia. que se mostrou incansável a dirigir a inventariação de propriedades, a remoção de escombros, a protecção sanitária. Mas o seu papel é decisivo na reconstrução da cidade.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
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