segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Um Crime no Expresso do Oriente

Sinopse: Pouco depois da meia-noite um nevão imobiliza o Expresso do Oriente que, para aquela época do ano, estava surpreendentemente cheio de passageiros. De manhã, encontram um homem de negócios americano que havia sido apunhalado até à morte no seu compartimento. Existem muitas pistas e muitos suspeitos: os passageiros da carruagem. Para ajudar às investigações, o morto é reconhecido como sendo o autor de um dos crimes mais hediondos do século. Com a tensão a aumentar perigosamente, Poirot resolve o caso... de uma maneira surpreendente!

Provavelmente já referi aqui que o género policial é o meu calcanhar de Aquiles. Também tenho de confessar que ainda não insisti verdadeiramente neste tipo de livros, mas a verdade é que, por norma, prefiro ler outras coisas. Apesar disso, a colecção de livros da Agatha Christie que a RBA começou a comercializar recentemente, pelos preços muito convidativos e pelo renome da autora, levaram-me a adquirir os primeiros quatro volumes e neste fim-de-semana tive o meu primeiro contacto com a escritora, com a leitura de "Um Crime no Expresso do Oriente". Antes da opinião propriamente dita, queria dizer que Hercule Poirot é uma personagem que marcou a minha juventude, uma vez que era fiel seguidora da série televisiva e, portanto, a personagem e os seus métodos não me eram completamente estranhos. Foi engraçado revê-la e "lê-la" pela primeira vez.

O veredicto final é que adorei o livro. É, do início ao fim, um desafio à inteligência do leitor. Sem grandes floreados a nível linguístico, a história e os detalhes são a grande força deste livro. As pistas vão sendo lançadas ao longo dos depoimentos e a sensação de realismo dá-se pelo facto de o leitor, quando confrontado com a resolução dos vários mistérios, ficar com a impressão que ele próprio poderia ter chegado àquelas conclusões (não porque as deduções fossem fáceis, mas porque todos os dados foram lançados e não houve nenhum elemento extra-história revelado à última da hora). A leitura é tão, mas tão viciante que a vontade é de abrir o livro onde quer que estejamos para conseguirmos saber quem é, afinal, o assassino. Resumindo, fiquei com muita vontade de ler mais da Agatha Christie e a pensar se não farei bem em continuar a fazer a colecção. Terá sido desta que o género policial me convenceu?

9/10

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