segunda-feira, 4 de maio de 2009

Bons sonhos, meu amor

Autor: Dorothy Koomson
Editor: Porto Editora
Páginas: 448
ISBN: 978-972-0-04111-1
Tradutor: Vera Falcão Martins

Sinopse
Nova Kumalisi faria qualquer coisa pelo seu melhor amigo. Ela deve-lhe a vida.
Por isso, quando ele lhe pede que seja mãe de substituição do seu filho e, apesar de saber que corre o risco de perder a amizade, Nova aceita.
Oito anos mais tarde, Nova está a criar o filho de Mal sozinha, porque a mulher dele mudou de ideias, escassos meses antes de a criança nascer, assim destruindo a relação entre os dois amigos.
Agora, Leo, o filho de ambos está gravemente doente. Nova quer que Mal conheça o filho antes que seja demasiado tarde.
Na tragédia descobrirão o quanto significam um para o outro.

Opinião
Depois de A Filha da Minha Melhor Amiga e Pedaços de Ternura (opiniões aqui e aqui), eis o terceiro livro desta autora publicado em Portugal. Só li o segundo e, como tinha gostado bastante, foi com alguma curiosidade que parti para esta leitura.

O livro segue a história de Nova e Mal, dois amigos de infância, cuja amizade é posta à prova quando Mal e a esposa, Stephanie, pedem a Nova que seja mãe de substituição do filho que ambos querem mas não podem ter. No início do livro, 8 anos depois desse acontecimento, encontramos Nova com esse filho a seu cuidado e sabemos que, por algum motivo, Mal e Stephanie rejeitaram a criança. Para além disso, Leo, o rapaz, encontra-se no hospital correndo sério perigo de vida, depois de um acidente. Ao longo do livro, conhecemos a história de Nova, Mal e Stephenie, contada na primeira pessoa pelas duas mulheres, desde que os dois amigos eram pequenos até à gravidez de Nova e aos acontecimentos subsequentes.

A narrativa alterna entre o presente e o passado, focando-se essencialmente na relação de Mal e Nova que é, ao longo do tempo, construída de altos e baixos, de encontros e desencontros, mas sempre baseada na amizade e no amor. É uma história, na grande maioria do tempo, triste... bastante triste, até. As personagens são constantemente postas à prova pelas agruras da vida, por isso é preciso um certo estado de espírito para apreciar esta leitura por completo. É um livro que lida com as emoções humanas e que nos leva a pensar se existem limites para o que podemos fazer por amor, deixando-nos a nós próprios para segundo plano. Mostra-nos as diferentes formas que as pessoas têm de lidar com a dor e apresenta algumas reflexões interessantes acerca do tão falado destino.

Mais uma vez, gostei imenso da escrita da Dorothy Koomson, que sabe muito bem não só falar de emoções, como emocionar o próprio leitor. Se gostam deste tipo de livros, então é uma leitura recomendada.

7/10 - Bom

[Livro n.º 34 do meu Desafio de Leitura]

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