Pierre Fatumbi Verger, a quem se deve este minucioso trabalho, viveu durante dezessete anos em sucessivas viagens, desde 1948, pelas bandas ocidentais da África, em terras iorubás. Tornou-se babalaô em Kêto, por volta de 1950, e foi por essa época que recebeu de seu mestre Oluwo o nome de Fatumbi: "Aquele que nasceu de novo (pela graça) de Ifá".
A Editora Corrupio, dando continuidade à publicação no país sobre cultura negra, onde são estudados os fundamentos históricos e mitológicos, a descrição dos rituais, os laços de profunda afinidade cultural entre a África (região do Golfo de Benin) e Brasil (Salvador e Recife).
Os escravos trazidos desta parte da África, durante os últimos cento e cinqüenta anos do tráfico de escravos (1700-1850), eram, quase que exclusivamente, destinados às duas regiões do Brasil acima mencionadas. As razões econômicas que determinaram esta "preferência" e escolha são mencionadas em outra obra do autor: "Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o Golfo de Benin e a Baía de Todos os Santos".
Orixás também se constitui rm valioso documento sobre as religiões em vias de desaparecimento em alguns países africanos, paralelamente à sua plena aceitação e integração no Brasil, particularmente na Bahia.
A tradução feita do original por Maria Aparecida da Nóbrega merece ser destacada, como o trabalho do editor de fotografia Arnaldo Grebler, que ampliou este conjunto de fotos com uma dedicação perfeccionista à altura do alto valor e importância da obra de Fatumbi Verger.
Arlete Soares
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