terça-feira, 31 de julho de 2007

O Livro dos Sábios, de Eliphas Levi

Publicar o "LIVRO DOS SÁBIOS", expressa grande reverência ao Mestre que, pelo ano de 1850,
começou a era da ampla e conhecida divulgação dos mistérios iniciáticos reais, os quais não haviam
sido jamais publicados na Europa de forma tão clara, metódica e completa; tanto assim que, Papus,
proclama com respeito e júbilo, sua admiração por Eliphas Levi, quem depois de ter verificado toda a
tradição oriental, judaico-cabalística e cristã, põe de manifesto em suas obras, a identidade absoluta
dos ensinamentos tradicionais, demonstra a realidade da realização mágica e deixa na mais absoluta
evidência o funcionamento das leis do mundo e da relação de todos os seres: naturais, humanos e
celestes, dando até o detalhe das conseqüências morais, sociais e teológicas que resultam de tão
admirável explanação.
As obras de Eliphas Levi causaram, não somente um movimento de interesse nos estudos da
verdade esotérica, se não que, até os Rosa-cruzes da Inglaterra, aos quais Eliphas Levi estava
afiliado, "protestaram", por achar que ele havia sido demasiado claro nas suas revelações. O que o
público não soube então e que, ainda hoje, poucos sabem, é que Eliphas Levi iniciava assim a ação
que, alguns lustros depois, Papus comentaria com as seguintes palavras: "Sempre pode-se dizer tudo,
porque somente compreenderá quem deve compreender". O "Livro dos Sábios", verdadeira Síntese
de toda a realização de Eliphas Levi, é precisamente isso:
"Um Verbo Humano claro, preciso como um teorema, honesto como uma lei natural em ação, belo
como uma elegia expontânea, vibrante como um hino de amor ao Criador e as suas múltiplas
manifestações. Um Verbo Humano que chega a unir-se em tal forma ao Verbo Manifesto que reflete a
sua Verdade, com Sua modéstia e Sua beleza." Discípulos reverentes de Eliphas Levi e de Papus,
hoje, não poderíamos deixar de por em primeiro plano e de publicar em primeiro plano a obra do
Mestre que, podendo ter sido um Príncipe da Igreja Romana preferiu ser o modesto, quase miserável
dono de uma banca de verduras, com cuja ocupação sintetizava a dupla condição de humildade e
sacrifício, e de ocultar com anteface simbólica, sob o "homem" esquecido por todos, o SER luminoso
colocado à serviço da Verdade; o Hierofante Secreto, cuja ação perdura, multiplicando-se no silêncio,
como a Pedra Filosofal. Colocamos à disposição dos Homens de Desejo esta jóia do saber e da
devoção.
Sociedade das Ciências Antigas

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