França, 1910, Stephen Wraysford é enviado pela sua empresa a França a fim de observar junto da família Azaire o negócio de texteis desta, sobretudo no sentido de perceber o processo de fabrico.
Instalando-se na casa dos Azaire, Stephen inicia o seu estudo da indústria ao mesmo tempo com que vai se relaconando com todos os membros e amigos da família, contudo esse ralacionamento torna-se mais íntimo com Madame Azaire, Isabelle, que como era algo comum na época, havia sido obrigada a casar com um homem rico e mais velho, não tendo por isso um casamento pleno e de acordo com o que a força da juventude exigia...
Nos seus 20 anos, Stephen conquista por completo Isabelle (8 anos mais velha), acabando por se envolverem de uma forma tórrida, deixando atrás deles um rasto de infâmia e humilhação.
Anos depois estala a Grande Guerra (1914-1918) e é precisamente a guerra a principal intérprete do livro.
Stephen é incorporado no Exército Expedicionário britânico e enviado para França conjuntamente com milhares de compatriotas imbuidos por um sentido altruista que visava a paz no mundo e a elevação do império britânico a maior portência mundial.
Que utopia!
Sobrevivendo nas toscas e nauseabundas trincheiras, Stephen irá acreditar na existência física do inferno, observando uma guerra insana, completamente ausente de lógica e capacidade em retirar todos e quaisquer sentimentos aos seres humanos.
É impressionante o relato dos movimentos dos batalhões. Pungente a pequenez e a indeferença que a vida humana tomou. A forma como é descrito os combates, os assaltos onde milhares de homens morrem, alguns deles simplesmente pulverizados sem o corpo para enterrar. Corpos abandonados no campo de batalha (terra de ninguém), decompostos a céu aberto, servindo de alimento aos incontáveis ratos e corvos.
Há descrições horríveis, como por exemplo um assalto a uma trincheira alemã onde na confusão do assalto, os homens dão-se conta de estar a pisar lama e restos de carne em decomposição...
Obviamente que como pano de fundo há a tal história de Stephen e Isabelle. Porém vai mais longe, o livro abrange três gerações apanhando, já em 1978, Elizabeth, neta de Stephen que se interessa pela história do avô, sobretudo porque se dá conta de ele ter estado numa guerra tão distante do tempo e cuja História é algo aparentemente escondida, como se esta guerra fosse para esquecer.
Mais do que a história de Stephen, Isabelle ou Elizabeth, este livro é uma descrição pura e dura da desumanidade desse conflito e do quanto infuenciou negativamente toda uma geração de homens que, ao sobreviveram áquela guerra e às recordações daí resultantes, desejaram terem ficado sepultados juntos dos seus camaradas, os únicos que os compreendiriam.
Um excelente documento sobre a I Grande Guerra.
Instalando-se na casa dos Azaire, Stephen inicia o seu estudo da indústria ao mesmo tempo com que vai se relaconando com todos os membros e amigos da família, contudo esse ralacionamento torna-se mais íntimo com Madame Azaire, Isabelle, que como era algo comum na época, havia sido obrigada a casar com um homem rico e mais velho, não tendo por isso um casamento pleno e de acordo com o que a força da juventude exigia...
Nos seus 20 anos, Stephen conquista por completo Isabelle (8 anos mais velha), acabando por se envolverem de uma forma tórrida, deixando atrás deles um rasto de infâmia e humilhação.
Anos depois estala a Grande Guerra (1914-1918) e é precisamente a guerra a principal intérprete do livro.
Stephen é incorporado no Exército Expedicionário britânico e enviado para França conjuntamente com milhares de compatriotas imbuidos por um sentido altruista que visava a paz no mundo e a elevação do império britânico a maior portência mundial.
Que utopia!
Sobrevivendo nas toscas e nauseabundas trincheiras, Stephen irá acreditar na existência física do inferno, observando uma guerra insana, completamente ausente de lógica e capacidade em retirar todos e quaisquer sentimentos aos seres humanos.
É impressionante o relato dos movimentos dos batalhões. Pungente a pequenez e a indeferença que a vida humana tomou. A forma como é descrito os combates, os assaltos onde milhares de homens morrem, alguns deles simplesmente pulverizados sem o corpo para enterrar. Corpos abandonados no campo de batalha (terra de ninguém), decompostos a céu aberto, servindo de alimento aos incontáveis ratos e corvos.
Há descrições horríveis, como por exemplo um assalto a uma trincheira alemã onde na confusão do assalto, os homens dão-se conta de estar a pisar lama e restos de carne em decomposição...
Obviamente que como pano de fundo há a tal história de Stephen e Isabelle. Porém vai mais longe, o livro abrange três gerações apanhando, já em 1978, Elizabeth, neta de Stephen que se interessa pela história do avô, sobretudo porque se dá conta de ele ter estado numa guerra tão distante do tempo e cuja História é algo aparentemente escondida, como se esta guerra fosse para esquecer.
Mais do que a história de Stephen, Isabelle ou Elizabeth, este livro é uma descrição pura e dura da desumanidade desse conflito e do quanto infuenciou negativamente toda uma geração de homens que, ao sobreviveram áquela guerra e às recordações daí resultantes, desejaram terem ficado sepultados juntos dos seus camaradas, os únicos que os compreendiriam.
Um excelente documento sobre a I Grande Guerra.
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