Ferdinando IV, rei de Nápoles, chegou ao trono em 1759, ainda rapaz, quandoo seu pai foi chamado a omar posse da coroa espanhola, com o nome de Carlos III.
Um concelho de tutores governou Nápoles até à maioridade de Ferdinando, dando continuidade às reformas liberais do anterior reinado.
Em 1767, Ferdinando passou a governar e um ano depois casou com Maria Carolina de Áustria, união que provocaria uma reviravolta na política do reino.
O nascimento de um herdeiro, em 1777, concedeu à rainha assento no Conselho de Estado, segundo o estipulado no contrato de casamento.
Não tardou muito até à queda do regente na menoridade de Ferdinando, Bernardo Tanucci, e à constituição de uma coligação com a Áustria e a Inglaterra, para fazer frente aos avanços dos ideais da Revolução Francesa, entretanto desencadeada.
Encorajado pela chegada da armada britânica do almirante Horácio Nelson, em 1798, Ferdinando ordenou o ataque à República Romana, apoiada pela França.
Nesse mesmo ano, os franceses invadiram Nápoles e proclamaram ali a república. Ferdinando viu-se obrigado a fugir para a Sicília, só tendo regressado a Nápoles, em 1799, quando a república caiu. Perseguindo os apoiantes da república - violando as cláusulas da rendição acordada - em 1806, Ferdinando viu-se de novo privado do seu trono.
Refugiado novamente na Sicília, foi pressionado pelos ingleses a abandonar a sua política absolutista. Afastou Maria Carolina da corte e nomeou o seu filho, Francisco, como governante, dando aos sicilianos uma constituição.
Com a quede de Napoleão regressou a Nápoles, em 1816, com o título de «Ferdinando I do Reino Unido das Duas Sicílias».
Manteve-se no trono até 1825.
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