É um lugar comum dizer-se que determinada orientação sexual não é uma escolha, porque, se fosse, ninguém escolheria o caminho mais difícil.
Foi esse caminho mais difícil que Teófilo teve de percorrer, desde a incompatibilidade com os pais, aos desencontros dentro de si próprio, chegando mesmo a acreditar que alguém lhe tinha trocado a alma...
Rosa Lobato de Faria aborda neste livro um tema diferente daqueles que tem habituado os leitores mais assíduos, (como é o meu caso): a homossexualidade. Poder-se-ía dizer que o romance teria algo de arriscado, mas o tema está tão bem descrito e de uma forma tão bonita e simples que é difícil o resistir.
Teófilo de Deus é o nome do protagonista que está noivo de uma jovem rapariga nova rica, noivado esse que faz as delícias da sua mãe, ‘dondoca’. No entanto, o professor de francês esconde uma paixão secreta.
“Hoje em dia todos sabem que se nasce homossexual como se nasce canhoto. Não é uma escolha… o Hugo pode ajudar-me. Com a sua paciência, o seu sentido de humor. Ao pé dele parece fácil, natural. Gostava de me sentar com ele à mesa dos meus pais e dizerf, o Hugo é o meu namorado… e os meus pais haviam de dizer, olá Hugo, seja bem-vindo.”
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