
Vi o filme quando foi lançado antes sequer de saber que era uma adaptação, pois caso contrário teria sem dúvida lido primeiro o livro. Este facto, provavelmente, contribuiu para que não tivesse gostado mais do livro. Ou melhor, para que não tivesse gostado ainda mais do livro do que de facto gostei.
Não sou grande fã de magia, e sinceramente parece-me uma profissão que já teve mais sucesso. No final do século XIX, inícios do século XX (altura em que o livro decorre) era uma altura de novas descobertas, de uma evolução cada vez maior da sociedade em geral, mas as pessoas ainda se deixavam cativar por espectáculos de magia. Acho que o Christopher Priest conseguiu transmitir muito bem essa ideia.
Depois, a história em si. Quanto à estrutura, achei extremamente original que tivesse sido contada na perspectiva dos dois mágicos antagonistas sob a forma de diário, o que permite ao leitor não só compreender os dois lados da barricada, mas também colmatar com um relato o que faltou no outro. E há sempre aquela curiosidade presente de querermos saber de que modo os mágicos faziam os seus números mais espantosos.
O final (que do que me lembro não teve correspondência no filme, ou pelo menos uma correspondência exacta) é verdadeiramente arrepiante e surpreendente.
Resumindo, gostei bastante e recomendo vivamente. Mas tentem ler o livro antes de ver o filme!
8/10
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