Discursos de Sathya Sai Baba: AMEM A FONTE DO AMOR - 16/03/66 – Ocasião: Viagens

TRECHO:
Ontem e anteontem, todos tiveram a chance de aqui sorver o néctar da bem-aventurança; estou feliz
porque hoje vocês têm a oportunidade de assimilar o doce néctar das preleções espirituais. Vejo todos
como ondas do oceano, quando a lua eleva-se nos céus. Evidentemente, o amor divino que vocês
sentem pela Fonte de todo Amor é a razão verdadeira dessa bem-aventurança, que vejo irradiando de
suas faces. Minha vinda e minha decisão de restabelecer a retidão (Dharma) são conseqüências desse
amor divino, como todos vocês podem bem entender.
Contudo, essa bem-aventurança precisa ser voltada para canais de atividades úteis. A importância do
olho será reconhecida apenas quando acontecer de alguém ficar cego. O valor da água pode ser
apreciado apenas quando há escassez, não quando todas as torneiras estão derramando grandes
volumes d’água nos baldes. Quando os tanques e poços ficam secos, os homens clamam por um copo
com água. O mesmo acontece com essa bem-aventurança. Enquanto vocês puderem, adquiram,
armazenem, desenvolvam e irriguem seus corações ressequidos com esse sentimento.
No passado, Shankara esforçou-se por restabelecer nos corações dos homens a confiança de que ele
era o Todo-Poderoso Ilimitado; tentou remover os traços viciosos que lá se enraizavam, de forma que os
homens pudessem caminhar em direção à sua Realidade.
Quando consegue mesmo que um lampejo dessa realidade, o homem liberta-se do ego, orgulho e
desânimo, de forma que os elogios não o adulam, nem as agressões o atingem. Ele permanece estável
e seguro, como o pico de uma montanha, que nenhuma tempestade pode abater. Assim como acontece
com a tela do cinema, esse homem não é afetado pelo fogo da calúnia ou pela chuva da exaltação
pessoal. Certa vez, Buda disse em Buddagaya que o bem e o mal, a fama e a má reputação, o elogio e a
calúnia, são como dois pés – um não pode mover-se sem o outro. Ambos são inevitáveis na vida.
Alimento e escórias encontram-se ao mesmo tempo dentro do homem, que tem vasos sanguíneos para
os sangues bom e ruim. Uma cidade tem canos em seu subsolo para transportar água potável e eliminar
dejetos.

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