quinta-feira, 26 de março de 2009

A Revolução da Dialética, de Samael Aun Weor

TRECHO:
APRESENTAÇÃO, POR FERNANDO SALAZAR BAÑOL
O V. M. Samael Aun Weor, de acordo com suas investigações, chegou à conclusão de que nos antigos
tempos o que hoje conhecemos como Psicologia se ocultava inteligentemente nas formas graciosas das
dançarinas sagradas, no enigma dos belos hieróglifos, nas maravilhosas esculturas, na poesia, na tragédia
e até na deliciosa música dos templos.
Samael Aun Weor se caracterizou por estabelecer as bases da Psicologia da Nova Era, a qual é realmente
diferente de tudo quanto antes se conheceu com esse nome...
Desde os antigos tempos, nos distintos cenários do teatro da vida, a verdadeira psicologia – chamada
também como Psicologia Revolucionária – sempre representou seu papel, disfarçada inteligentemente
com a roupagem da filosofia.
Nas margens do Ganges, na Índia sagrada dos Vedas, na noite aterradora dos séculos, existiram formas de
yoga que no fundo vêm a ser pura psicologia experimental de altos vôos. Os sete yogas sempre foram
descritos como procedimentos psicológicos.
No mundo árabe, os sagrados ensinamentos dos sufis, em parte metafísicos, em parte religiosos, são
realmente de rodem psicológica.
Na velha Europa, ainda nos finais do século XIX, a psicologia se disfarçou com o traje da filosofia, para
poder passar despercebida.
O erro de muitas escolas filosóficas consiste em haver considerado a psicologia como algo inferior à
filosofia, como algo relacionado unicamente com os aspectos baixos e até triviais da natureza humana.
Ademais, em um estudo comparativo das religiões, Samael Aun Weor chegou à conclusão de que a
psicologia esteve sempre associada, de forma muito íntima, aos princípios religiosos.
Por isso, qualquer estudo comparativo das religiões vem nos demonstrar que na literatura sagrada mais
ortodoxa, de diversos países e de diferentes épocas, existem maravilhosos tesouros da ciência psicológica.
Investigações de fundo realizadas por Samael Aun Weor no terreno do gnosticismo universal permitiramlhe
achar uma maravilhosa compilação de diversos autores gnósticos, que vêm dos primeiros tempos do
cristianismo e que se conhece como “philokália”. Por outro lado, Samael afirma que a philokália é
essencialmente pura psicologia experimental; e também conclui: “Antes de que a Ciência, a Filosofia, a
Arte e a Religião se separassem para viver independentemente, a psicologia reinou soberana em todas as
antiquíssimas Escolas de Mistérios”.
Quando os Colégios Iniciáticos foram fechados devido ao Kaly-Yuga, ou Idade Negra na qual todavia
estamos, a psicologia sobreviveu no simbolismo das diversas escolas esotéricas e pseudo-esotéricas do
mundo moderno, e, muito especialmente no esoterismo gnóstico, proposto por Samael.
Quando todos tenhamos compreendido de forma integral e em todos os níveis da mente, o quão
importante é o estudo da Psicologia da Nova Era, entenderemos então que a Psicologia é o estudo dos
princípios, leis e fatos intimamente relacionados com a transformação radical do indivíduo e da revolução
de sua dialética.
Assim, então, o trabalho que a Psicologia da Nova Era delineia, começa por ensinar em que forma
devemos nos auto-observar e por que devemos fazê-lo. Em realidade, o trabalho esotérico é como um
livro de instruções, melhor ainda, como um mapa, que devemos que devemos seguir, se é que queremos
mudar radicalmente. Esse mapa está exposto nesta obra que estamos editando.
Seqüencialmente, mudar a vida implica pôr ordem na desordenada casa interior, porque o mundo de
pensamentos e sentimentos é o ímã que atrai as circunstâncias exteriores.
Dado que o objeto de estudo desta obra intitulada A Revolução da Dialética é o conhecimento de si
mesmo e do mundo que nos rodeia, devemos abarcar os diferentes aspectos que tal objetivo leva, partindo
desde aqueles de ordem físico-natural, até os de caráter transcendental, para o qual se faz imprescindível
estruturar e sistematizar os aspectos mais relevantes da Psicologia da Nova Era – que gera uma revolução
da dialética – a fim de facilitar a compreensão gradual das diferentes etapas ou fases deste trabalho, para
se alcançar o desenvolvimento total de todas a nossas possibilidades.
Pelo anteriormente exposto, foi necessário sistematizar a sabedoria gnóstica, em sua parte psicológica,
entregue pelo V.M. Samael Aun Weor, de maneira a oferecer acessibilidade aos aspectos mais
transcendentes da mesma, a qual de outro modo, passaram despercebidos pelas gentes comuns, talvez
devido à extensa e prolífica obra do Mestre Samael ou à falta de disciplina ao consulta-las.
A Psicologia da Nova Era, exposta agora, neste último livro que sobre o tema o Mestre Samael escrevera,
pretende mostrar, através da análise dos mitos e dos símbolos de várias culturas, como o ego é um
conjunto de elementos negativos que deve ser aniquilado para que surja no homem o verdadeiro Ser.
A luta interior deve desencadear-se necessariamente naquele que aspirar à conquista do seu próprio Ser.
Quando o Ego for derrotado e aniquilado, a Consciência resplandecerá e obterá a sabedoria profunda e a
máxima felicidade. A Salvação, diriam as religiões cristãs; a Liberação, para os orientais.
Este é precisamente o esquema geral que subjaz na psique do homem e se plasma através dos emblemas e
narrativas que reaparecem, de um ou de outra forma, em distintos lugares e épocas.
Desta maneira, Samael, nesta obra e em outros escritos de psicologia revolucionária, estuda várias lendas
e as analisa como se fossem pequenas obras de teatro, e os personagens que intervêm foram atores que
representam um papel determinado. Um deus, um rei ou um herói, podem personificar o Ser, a
Consciência, a Consciência. Enquanto que monstros, criaturas animalescas, guerreiros do mal ou enxames
de demônios podem alegorizar o Ego e seus múltiplos defeitos.
O que aconteceria se “acendêssemos” uma vela, como alguns mitos nos ensinam?... Perguntamo-nos se
existe a possibilidades de se obter uma visão total, talvez supra-racional, do Eu, do si mesmo?
Puderam, os antigos – e alguns modernos – vislumbrar a totalidade de nossa própria verdade?
Sintetizaram seu conhecimento em narrações e sinais codificados que chamamos de “mitos”?
Este e muitos outros casos mais sugerem que o homem tem acesso a estados superiores de Consciência
que lhe permitem uma captação da realidade desde um ângulo diferente, mais amplo e profundo que o do
limitado intelecto. E na Revolução da Dialética encontramos orientações e métodos que nos permitem
modificar nossa vida.
O leitor observará que Samael Aun Weor utiliza repetidas vezes a palavra “desintegrar”, “eliminar”,
“aniquilar”, “decapitar”, e outras que de forma similar implicam destruição e morte de algo – em nosso
caso, o Ego. Samael, em todas as suas obras de Psicologia, evita recorrer a vocábulos que possam indicar
mudanças superficiais e com aparentes “melhoras” ou “alterações” no homem; é que a Revolução da
Dialética, que o autor propõe, é terrível e exigente: a transformação deve ser íntegra E ISSO NÃO SERIA
POSSÍVEL SEM A ENERGIA DA MORTE.
Existe uma filosofia na morte. Astecas, egípcios e tibetanos reverenciaram profundamente a Mãe Vida e a
Mãe Morte, e os primeiros inclusive as representavam estreitamente unidas uma à outra. Os hindus
adoraram Shiva como uma Força Cósmica de duplo aspecto: o Criador e o Destruidor.
Aniquilação, terrível palavra. A mitologia apresenta nosso interior sob a figura de repugnantes monstros
ou de agrupamentos demoníacos, e nos ensina a enfrentá-los e a destruí-los, NÃO A “MODIFICÁ-LOS”
OU “MELHORÁ-LOS.
O herói Perseu não disfarça a Medusa, a mulher com cabelos de serpentes: decapita-a, e de seu sangue
nasce Pégaso, o branco cavalo alado que lhe serve de veículo para remontar-se às regiões celestes.
Temos querido maquiar a Medusa. Quisemos obter Pégaso sem enfrentar antes a morte do monstro.
Temos nos equivocado no Caminho. A verdade está na morte psicológica e na Revolução da Dialética!

Nenhum comentário:

Postar um comentário