Sinopse: O Tigre Branco" arrebatou por unanimidade o Man Prémio Booker Prize de 2008, um dos mais prestigiados galardões literários a nível mundial. Ainda antes da sua nomeação para o prémio, era já apontado como um dos melhores romances do ano e Aravind Adiga como uma grande revelação e um extraordinário romancista. Romance de estreia, entrou de imediato nas preferências dos críticos, que o classificaram como "uma estreia brilhante e extraordinária". O livro revela uma Índia ainda muito pouco explorada pela ficção, a Índia negra, violenta e exuberante das desigualdades socioculturais. Toda a obra é uma longa carta dirigida ao primeiro-ministro chinês, escrita ao longo de sete noites. O autor da carta apresenta-se como o tigre branco do título, e auto-denomina-se um "empreendedor social". Descrevendo a sua notável ascensão de pobre aldeão a empresário e empreendedor social, o autor da carta, Balram, acaba por fazer uma denúncia mordaz das injustiças e peculiaridades da sociedade indiana. Fica assim feito o retrato de uma sociedade brutal, impiedosa, em que as injustiças se perpetuam geração após geração, como uma ladainha que se entoa incessantemente ao ritmo de uma roda de orações. São muito poucos os animais que conseguem abrir um buraco na vedação e escapar ao destino do cárcere eterno. O Tigre Branco é um deles.
Estava como imensas expectativas sobre este livro, fiquei curioso por ter vencido o Man Booker Prize 2008, e, posso dizer as expectativas que eram altas foram, positivamente, ultrapassadas.
“O Tigre Branco” é daqueles livros que funcionam como um verdadeiro “murro no estômago”, tal é a sua dureza cínica exposta nas suas páginas tão intensas, tão duras e, ao mesmo tempo, tão reais.
A história gira à volta de um “empresário” que, em 7 noites, escreve uma carta ao primeiro-ministro da China, contando-lhe, pormenorizadamente, como é que conseguiu descobrir o caminho para o seu sucesso, através do seu instinto como predador, ao jeito de um tigre branco. Um homem que saiu da Escuridão, o sítio dos pobres.
Escrito de forma dura, cruel, directa, exercendo sobre o leitor um intenso poder, enfeitiçando-o com tiradas cruas dum imenso humor negro, é um livro que incomoda quem lê, tal é a realidade com que deparamos.
Extremamente bem escrito, consegue até ser surpreendente a forma, tanto divertida como cínica, como a personagem fala de si, e de como conseguiu subir na vida, desafiando o primeiro-ministro, não tendo medo de expor o seu mal. Ficamos a pensar se quase ele não foi obrigado, pela sociedade, a ser vilão, sabendo jogar manobrar à sua maneira as regras de um jogo sujo para ser o vencedor.
Fala duma Índia que não conhecemos, daquela Índia que não vem nos guias de turismo, mas concluímos que essa Índia até poderá estar bem perto de nós, basta estarmos atentos.
Concluindo, “ O Tigre Branco” é um poderoso retrato da escuridão da vida.
9/10 - Excelente
“O Tigre Branco” é daqueles livros que funcionam como um verdadeiro “murro no estômago”, tal é a sua dureza cínica exposta nas suas páginas tão intensas, tão duras e, ao mesmo tempo, tão reais.
A história gira à volta de um “empresário” que, em 7 noites, escreve uma carta ao primeiro-ministro da China, contando-lhe, pormenorizadamente, como é que conseguiu descobrir o caminho para o seu sucesso, através do seu instinto como predador, ao jeito de um tigre branco. Um homem que saiu da Escuridão, o sítio dos pobres.
Escrito de forma dura, cruel, directa, exercendo sobre o leitor um intenso poder, enfeitiçando-o com tiradas cruas dum imenso humor negro, é um livro que incomoda quem lê, tal é a realidade com que deparamos.
Extremamente bem escrito, consegue até ser surpreendente a forma, tanto divertida como cínica, como a personagem fala de si, e de como conseguiu subir na vida, desafiando o primeiro-ministro, não tendo medo de expor o seu mal. Ficamos a pensar se quase ele não foi obrigado, pela sociedade, a ser vilão, sabendo jogar manobrar à sua maneira as regras de um jogo sujo para ser o vencedor.
Fala duma Índia que não conhecemos, daquela Índia que não vem nos guias de turismo, mas concluímos que essa Índia até poderá estar bem perto de nós, basta estarmos atentos.
Concluindo, “ O Tigre Branco” é um poderoso retrato da escuridão da vida.
9/10 - Excelente
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