TRECHO:
A sagrada terra da Índia é a mãe de Vamadeva, que sabia da sua identidade com o Absoluto Universal
desde o momento do seu nascimento; de Prahlada, que ao começar a balbuciar já pronunciava o nome
de Narayana; de Shuka, que havia alcançado a realização da Unidade inigualável ainda enquanto era
menino; e de Shankaracharya, que dominava as complexidades do Vedanta quando ainda era
adolescente. Essa é a mãe dos heróis como Bharatha, que fazia travessuras com filhotes de leões; de
Arjuna, que conseguia manejar seu arco invencível com qualquer uma das mãos; de Shivaji, que
enfrentou disputas temíveis para atender ao mais leve desejo do seu guru Samarta Ramadas. Entre
seus filhos, temos homens como Shibi, Harichandra e Karna, que são exemplos luminares do espírito de
renúncia, mas também mulheres como Sita, Savitri e Damayanti, que foram estrelas brilhantes no
firmamento da virtude. É compreensível que a Índia tenha sido alçada à posição de Guru da Terra,
mestre de toda a humanidade. Essa herança está sendo esquecida rapidamente e a Índia começou sua
jornada de afastamento da sua direção legítima.
De acordo com esse ensino secular, o homem não é simplesmente um conjunto coordenado de
membros, sentidos e sensações. É tudo isso, governado pela inteligência e aguçado pelos hábitos e
pelas memórias adquiridos através de muitos nascimentos. Essa própria inteligência é um instrumento
cuja eficácia tem alcance limitado, pois há muitas metas que não consegue atingir. Essas metas podem
ser alcançadas apenas pela descida da graça e do poder. A entrega total do ego a esse poder será
capaz de atraí-lo e preencher o ser humano.
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