quinta-feira, 26 de março de 2009

Nómada

"O nosso Mundo foi invadido por um inimigo invisível. Os Humanos estão a ser transformados em hospedeiros destes invasores, com as suas mentes expurgadas, enquanto o corpo permanece igual e a vida prossegue sem qualquer mudança aparente. A maior parte da Humanidade não consegue resistir."
Uau...!! Acabei agora mesmo de ler o novo livro de Stephenie Meyer e a única coisa que me vem à cabeça é mesmo UAUUU...!!!
Sei que este livro é marcado por um estilo algo distinto daquele que define as anteriores obras da autora mas ainda assim penso que qualquer fã irá adorar esta nova história e ficar rendido aos novos personagens. Pessoalmente, adorei.
A escrita é muito simples, tal é característica da autora, tornando a leitura muito fácil e rápida (apesar do tamanho do livro). Devo ainda frisar que desta feita a tradução não está tão horrível como a da primeira edição do Crepúsculo, apesar de se poderem identificar alguns erros - mesmo assim, nada que atrapalhe muito a leitura. As personagens não são muito complexas, embora mesmo as personagens mais "boazinhas" sejam capazes de algumas acções menos boas e a autora tenha sido capaz de as humanizar muito. Aliás, é mesmo essa a intenção, acho eu, conseguir através destes personagens mostrar o quão complexo é o ser humano. Neste aspecto só há um ponto negativo a apontar, os humanos que encontramos no livro - os 100% humanos - são todos muito normais, muito bonzinhos não havendo um personagem que consiga transmitir por si só a maldade da nossa espécie (apesar de haver algumas cenas de violência).
A ideia de os humanos serem possuídos por extraterrestres e a sua personalidade ser totalmente aniquilada por estes não me parecia grande coisa mas a verdade é que me rendi à personagem principal e ao conflito interior por esta travado. Ao ser colocada no corpo de Melanie, Nómada espera que esta desapareça e ter total poder e controlo sobre o corpo da hospedeira, contudo o amor de Melanie impede-a de desaparecer o que leva a que as duas tenham que aprender a viver uma com a outra dentro do mesmo corpo, a tomar decisões embora as suas opiniões sejam muito diferentes, a amar, a amar não só as mesmas pessoas mas a amar homens diferentes e sobretudo a amar-se uma à outra... São estes conflitos, esta aprendizagem da personagem principal, assim como as emoções dos humanos que com ela têm que conviver, que nos prendem a cada página - são as emoções mais do que a acção em si. Este é o trunfo de Stephenie Meyer e aquilo que faz com que os fãs não dispensem um livro seu, a sua capacidade de descrever sentimentos, a capacidade que tem de nos fazer sentir na pele aquilo que os personagens supostamente sentem durante a narrativa. Apesar de todos defeitos que lhe possam apontar (e toda a gente os tem) nisso acho que ela é mesmo muito boa.
Enfim, neste momento podia estar aqui tempos infinitos a escrever sobre isto mas não quero alongar muito o post (que já vai grande) nem abrir muito as portas no que respeita à história em si, apenas posso dizer que há muitas surpresas nesta verdadeira história de amor que nos leva a pensar nas atitudes que por vezes tomamos, na verdadeira essência da Humanidade e do amor. Leiam...
8/10

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