Editora: Chá das Cinco
Páginas: 448
ISBN: 9789898032478
Tradutora: Ana Beatriz Manso
Sinopse: "A coragem e lealdade de William Marshal como cavaleiro ao serviço da casa real inglesa foram recompensadas com a sua união a Isabelle de Clare, uma rica herdeira de propriedades na Inglaterra, Normandia e Irlanda. Mas a segurança e felicidade do casal são destruídas quando o rei Ricardo morre e é sucedido pelo irmão João, que toma os filhos de Marshal como reféns e apropria-se das suas terras. O conflito entre os que permanecem leais e os que se irão revoltar contra as injustiças ameaça destruir o casamento de William e Isabelle e arruinar as suas vidas. William terá que optar por um caminho desesperado que o poderá levar à governação do reino. E Isabelle, receando pelo homem que é a luz da sua vida, terá que se preparar para enfrentar o que o futuro lhes reserva."
Opinião: Não conhecia nada da autora Elizabeth Chadwick até esta altura, por isso, quando surgiu O Leão Escarlate, e também muito por culpa do espaço da acção da obra – a Inglaterra Medieval -, decidi aventurar-me. Nunca conseguirei explicar o fascínio que a Inglaterra tem sobre mim, mas a sua História é tão rica que proporciona sempre bons momentos de leitura. Sem dúvida que a demora para terminar o livro não se deveu nem à autora nem ao livro em si.
A acção estende-se por um período de 22 anos, os quais são sempre pautados por constantes dificuldades na sucessão régia, que, consequentemente, contribuem para outros revezes como a guerra civil, o esvaziamento dos cofres do país, as intrigas entre nobres ou os casamentos por conveniência familiar. Simultaneamente, a Inglaterra vê-se ainda ameaçada pelos Franceses. No início da estória, o rei é Ricardo, segue-se-lhe João, seu irmão, e, mais tarde, o pequeno Henrique, herdeiro deste. A estes três suseranos é comum William Marshal, cujo percurso acompanhamos.
O enquadramento histórico é bastante relevante para que possamos perceber a importância de William Marshal, e por conseguinte da sua Casa, na História de Inglaterra. Torna-se perceptível, desde cedo, que ele é o centro da estória e, por isso, o leitor toma contacto com a sua realidade familiar, bem como com momentos e decisões do seu passado, através de pequenas memórias que ele e a esposa, Isabelle, partilham. O conflito interior de William passa por nunca trair a sua honra e lealdade, mesmo tendo-se tornado vassalo dos reis inglês e francês.
Ao contrário do que pensava inicialmente, W. Marshal é uma personagem verídica e este é o segundo livro da autora sobre ele. Primeiro, escreveu The Greatest Knight, que julgo ainda não ter tradução portuguesa. A personagem torna-se, por isso, mais real para nós, enquanto leitores, e cria-se uma afinidade estranha. No final, após algumas notas da autora, a nossa vontade é simplesmente sair da cama e ir conhecer alguns dos sítios por onde a narrativa passa.
É verdade que a obra se reveste de um grande interesse histórico, mas a escrita da autora também nos soube cativar. Simples e extremamente descritiva, permitiu-nos viajar até à Idade Média e contemplar os bailes, os torneios, as Cortes e as Casas Senhoriais daquele tempo. Acresce a tudo isto, uma mistura de sentimentos, do mel ao fel, que nos mantém atentos e embrenhados até ao fim.
8/10 – Muito Bom
A acção estende-se por um período de 22 anos, os quais são sempre pautados por constantes dificuldades na sucessão régia, que, consequentemente, contribuem para outros revezes como a guerra civil, o esvaziamento dos cofres do país, as intrigas entre nobres ou os casamentos por conveniência familiar. Simultaneamente, a Inglaterra vê-se ainda ameaçada pelos Franceses. No início da estória, o rei é Ricardo, segue-se-lhe João, seu irmão, e, mais tarde, o pequeno Henrique, herdeiro deste. A estes três suseranos é comum William Marshal, cujo percurso acompanhamos.
O enquadramento histórico é bastante relevante para que possamos perceber a importância de William Marshal, e por conseguinte da sua Casa, na História de Inglaterra. Torna-se perceptível, desde cedo, que ele é o centro da estória e, por isso, o leitor toma contacto com a sua realidade familiar, bem como com momentos e decisões do seu passado, através de pequenas memórias que ele e a esposa, Isabelle, partilham. O conflito interior de William passa por nunca trair a sua honra e lealdade, mesmo tendo-se tornado vassalo dos reis inglês e francês.
Ao contrário do que pensava inicialmente, W. Marshal é uma personagem verídica e este é o segundo livro da autora sobre ele. Primeiro, escreveu The Greatest Knight, que julgo ainda não ter tradução portuguesa. A personagem torna-se, por isso, mais real para nós, enquanto leitores, e cria-se uma afinidade estranha. No final, após algumas notas da autora, a nossa vontade é simplesmente sair da cama e ir conhecer alguns dos sítios por onde a narrativa passa.
É verdade que a obra se reveste de um grande interesse histórico, mas a escrita da autora também nos soube cativar. Simples e extremamente descritiva, permitiu-nos viajar até à Idade Média e contemplar os bailes, os torneios, as Cortes e as Casas Senhoriais daquele tempo. Acresce a tudo isto, uma mistura de sentimentos, do mel ao fel, que nos mantém atentos e embrenhados até ao fim.
8/10 – Muito Bom
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