Ricardo Menéndez Salmón transporta-nos à II Guerra Mundial para contar a história de Kurt Crüwell, um jovem e discreto alfaiate alemão que, ao entrar nas fileiras do exército nazi, submerge num quotidiano marcado pelo horror que o levará a perceber que a crueldade humana não tem limites. E o autor consegue-o de uma forma excepcional: nas palavras do crítico espanhol Fernando Menéndez, “A Ofensa não nasce desse ‘costumbrismo’ sentimental e grosseiro que abunda no actual romance espanhol; nem tão pouco dessa narrativa pop e chispante que se julga altamente provocativa. Nada disso. A escrita de Menéndez Salmón surge de onde sempre surgiu a melhor literatura: da necessidade de responder às grandes perguntas sobre a vida e o mundo em que vivemos.”
A dada altura, pode ler-se “Há corpos que se atormentam e corpos que se libertam; há corpos que se arrastam e corpos que se elevam; há corpos que interrogam e corpos que respondem. Mas pode um corpo demitir-se da realidade? Pode um corpo face à agressão do mundo, face à fealdade do mundo, face ao horror do mundo, subtrair-se às suas funções, recusar-se a continuar a ser corpo, suspender as suas razões, abdicar de ser o que é, isto é, abdicar de ser uma máquina sensível? Pode um corpo dizer: «Basta, não quero ir mais longe, isto é demasiado para mim»? Pode um corpo esquecer-se de si próprio?”.
Foi considerado pela crítica como o melhor romance publicado em Espanha em 2007 e foi também Finalista do Prémio Salombó e do Prémio Nacional da Crítica. Podem ler os primeiros capítulos aqui.
O Autor
Licenciado em Filosofia pela Universidade de Oviedo, Ricardo Menéndez Salmón (Gijón, 1971) era já autor de uma obra diversificada quando, em 2007, com a publicação de A Ofensa, se transformou numa das referências da nova literatura espanhola. No ano seguinte publicou Derrumbe, que a Porto Editora irá também traduzir para português. Já em 2009, veio a lume o seu mais recente romance, El Corrector.
A dada altura, pode ler-se “Há corpos que se atormentam e corpos que se libertam; há corpos que se arrastam e corpos que se elevam; há corpos que interrogam e corpos que respondem. Mas pode um corpo demitir-se da realidade? Pode um corpo face à agressão do mundo, face à fealdade do mundo, face ao horror do mundo, subtrair-se às suas funções, recusar-se a continuar a ser corpo, suspender as suas razões, abdicar de ser o que é, isto é, abdicar de ser uma máquina sensível? Pode um corpo dizer: «Basta, não quero ir mais longe, isto é demasiado para mim»? Pode um corpo esquecer-se de si próprio?”.
Foi considerado pela crítica como o melhor romance publicado em Espanha em 2007 e foi também Finalista do Prémio Salombó e do Prémio Nacional da Crítica. Podem ler os primeiros capítulos aqui.
O Autor
Licenciado em Filosofia pela Universidade de Oviedo, Ricardo Menéndez Salmón (Gijón, 1971) era já autor de uma obra diversificada quando, em 2007, com a publicação de A Ofensa, se transformou numa das referências da nova literatura espanhola. No ano seguinte publicou Derrumbe, que a Porto Editora irá também traduzir para português. Já em 2009, veio a lume o seu mais recente romance, El Corrector.
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