quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Triste, mas bonita. Muito bonita!!!

Foi assim, naquela manhã de sábado, 13 de setembro de 2008. Queríamos contar uma história diferente, mas antes, brincamos com as possibilidades várias de leitura. Primeiro, numa homenagem a tantas semanas em que lemos Grimm, Andersen e Perroult, convidamos para nosso tapete vermelho o livro SÓ MAIS UMA HISTÓRIA (Texto de Douglad Steer, Ilustrações de Elisabeth Moseng, tradução de Gilda de Aquino, Brinque Book) que traz várias histórias dentro da história, e ainda outras mais pois, o enredo mostra uma mamãe porca tentando adormecer seu casal de filhos contando clássicos do mundo do Faz de Conta em "adaptações suínas". A cada história, os pequenos querem só mais uma história e a mãe segue atendendo o desejo dos seus rebentos. Entre as páginas, 04 pequenos livros aparecem revelando os recontos e encantando os leitores.
Leitores diversos como o desta seqüência de fotos. Durante nossas mediações, vez em quando aparece uma mamãe com um pequeno "roedor de livros". Naquela manhã, mais uma vez, a mágica se fez.
Enquanto o Tino fazia a mediação com o livro SÓ MAIS UMA HISTÓRIA, a criança foi se chegando, abraçou o livro com os olhos...
...e devolveu um carinho gostoso.
Depois fizemos um jogo de repetição de trava-línguas com o livro EMBOLA ENROLA E ROLA (Texto de Maurício Veneza, Atual). Conseguimos muitos risos, ops, eitas e caracas. Muito bom.
Foi então que aquela idéia lá do início do texto entrou em ação. Era a hora da tal história diferente. Perguntei a todos se ali tinha alguém que gostava de história triste. Samuel foi o primeiro a dizer enfaticamente que DETESTAVA história triste. Outros seguiram a mesma opinião. Aí, anunciei que iria contar uma história triste. Caras e bocas de desaprovação. Fui em frente. Apresentei o livro: DOZE REIS E A MOÇA NO LABIRINTO DO VENTO (Textos e ilustrações de Marina Colasanti, Global). ADORO, ADORO, ADORO este livro. Queria muito contar suas histórias para a turma. Foi naquele dia que comecei. Apresentei a história escolhida no meio dos 13 contos de fadas que habitam aquele livro encantado: ENTRE LEÃO E UNICÓRNIO. E foi assim, a turma foi se chegando, embalada pelas palavras de Marina que embalavam a fantasia de todos com um leão que guardava os sonhos da rainha ao pé da cama e um rei encantado pela beleza de um unicórnio azul (quase que saído da canção de Silvio Rodriguez). De repente eu estava cercada pelas crianças. Não há como negar. O final da história não é feliz. Mas o menino Samuel, o primeiro a rejeitar a possibilidade de ouvir uma história triste, deixou claro logo após o ponto final: - Mas é uma história bonita!!! Gostei!!! Ah... para falar a verdade, acho que quem mais gostou (da história do livro e da história que conto aqui) fui eu. Hatuna Matata!!!

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