domingo, 3 de maio de 2009

Invasão de Privacidade

Autor: Harlan Coben

Editor: Editorial Presença

Páginas: 314

ISBN:978-972-23-4116-5

Tradutora: Lucinda Santos Silva



Sinopse: Desde o suicídio do seu melhor amigo, Adam adoptou um comportamento distante e praticamente irreconhecível. Por isso os pais deste adolescente concordam em instalar um programa no computador dele que vigia todos os seus passos. Simultaneamente, a mãe do jovem que se suicidou descobre algo acerca da noite da morte do filho que mudará tudo, mas então a única pessoa que a pode ajudar - Adam - desaparece misteriosamente. Um thriller tenso, repleto de ligações inesperadas e que nos faz questionar até onde iríamos para proteger aqueles que amamos.



Tratados pelos críticos como literatura menor, visto que literariamente, com algumas excepções, não têm aquela densidade que existe num romance, os policiais são olhados, muitas vezes, de lado, pelas suas histórias, pelas personagens banais e pela escrita sem artefactos.



Quando pego num livro, espero que ele me surpreenda, me ensine algo com a sua história, que as suas personagens me digam alguma coisa de útil e novo, gosto de livros que me completem e de sentir que o tempo em que os dedico seja um tempo útil.



Neste livro, sinceramente e apesar do tema que até, sendo bem tratado, poderia ter dado uma reflexão muito interessante e bastante actual, fiquei, várias vezes, com a sensação que teria aproveitado melhor o meu tempo se tivesse visto um episódio de uma das séries policiais que proliferam pela televisão, o que é mau para um livro ter pensado nisto.



A história versa sobre a preocupação dos pais sobre aquilo que os seus filhos adolescentes têm acesso na Internet. Depois de terem visto uma mudança radical no comportamento do seu filho após o suicídio do seu melhor amigo, a mãe, apesar da pouca vontade do pai, instala um programa onde podem ver tudo aquilo que o filho faz quando se liga à Internet. No meio dessa preocupação dos pais, ou talvez da devassa da privacidade do seu próprio filho, a mãe do amigo descobre uma mensagem ameaçadora, e… dizer mais sobre a história, era contar o livro todo.



Em termos de escrita, basicamente temos sempre frases curtas e simples, sem artifícios, cumpre a função de ser uma leitura fácil, produzindo o efeito de levar o leitor a ler mais depressa. Outra função que cumpre é de entreter o leitor e de criar um efeito de suspense.



Talvez me esteja a contradizer, talvez porque nunca fui um leitor preferencialmente de policiais, mas de facto, se a função de um policial é entreter e criar suspense no seu leitor, este livro cumpre razoavelmente bem a sua função, no entanto, espero bem mais quando pego num livro.



6/10 – Bom, mas recomendado com reservas



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