António Costa Santos, jornalista, guionista e escritor, rompe o anonimato com este livro “Proibido” onde, sempre num tom irónico e sarcástico, mas muito bem estruturado e delineado, descreve algumas das muitas proibições que o Estado Novo impôs ao povo português por mais de quarenta anos, nomeadamente e como é fácil de perceber, durante a vigência do fascismo.
Começando como “Era proibido quase tudo”, António Santos começa por referir algo muito curioso e igualmente verdadeiro: os portugueses sempre gostaram de se proibir uns aos outros. Sociológicamente a maneira de ser lusa sempre foi o de apanhar o outro em falta, logo, o regime apenas se aproveitou desse estranho sindrome para proibir tudo e mais alguma coisa, notado contudo que havia certas obrigatoriedades que não exisitiam na legislação mas que de acordo com esse tal sindroma, parecia mal ou não se fazia porque sim, logo, passava a ser obrigatório.
E é assim que tomamos conhecimento, para quem desconhece, de algumas atrocidades cometidas em prol dos bons costumes, tais como: “Proibido usar biquini”, “Poribido uma mulher entrar numa igreja de cabeça descoberta” (aqui há uma explicação muito curiosa sobre o homem ter que tirar o chapéu na igreja e a mulher ser o inverso), “Proibido ir de mini-saia para o liceu”, “Proibido ler certos livros”, “Editar e vender certos livros”, “beber coca-cola”, “proibido realizar certos filmes”, etc, etc e etc de proibidos, algumas verdadeiramente descabidas e hilariantes e outras no minino estranhas.
No fim brinda-nos com algumas proibições dos nossos dias para mostrar, e isso sente-se em todo o livro, que o tempo da “outra senhora” (leia-se Salazar em código), não está assim tão longe quanto isso e que essa onda de proibições do passado pode até ser um bom aviso para o presente...
Começando como “Era proibido quase tudo”, António Santos começa por referir algo muito curioso e igualmente verdadeiro: os portugueses sempre gostaram de se proibir uns aos outros. Sociológicamente a maneira de ser lusa sempre foi o de apanhar o outro em falta, logo, o regime apenas se aproveitou desse estranho sindrome para proibir tudo e mais alguma coisa, notado contudo que havia certas obrigatoriedades que não exisitiam na legislação mas que de acordo com esse tal sindroma, parecia mal ou não se fazia porque sim, logo, passava a ser obrigatório.
E é assim que tomamos conhecimento, para quem desconhece, de algumas atrocidades cometidas em prol dos bons costumes, tais como: “Proibido usar biquini”, “Poribido uma mulher entrar numa igreja de cabeça descoberta” (aqui há uma explicação muito curiosa sobre o homem ter que tirar o chapéu na igreja e a mulher ser o inverso), “Proibido ir de mini-saia para o liceu”, “Proibido ler certos livros”, “Editar e vender certos livros”, “beber coca-cola”, “proibido realizar certos filmes”, etc, etc e etc de proibidos, algumas verdadeiramente descabidas e hilariantes e outras no minino estranhas.
No fim brinda-nos com algumas proibições dos nossos dias para mostrar, e isso sente-se em todo o livro, que o tempo da “outra senhora” (leia-se Salazar em código), não está assim tão longe quanto isso e que essa onda de proibições do passado pode até ser um bom aviso para o presente...
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