sábado, 8 de setembro de 2007

trecho de Prática de Magia Evocatória, de Franz Bardon

Magia
Magia é a mais elevada ciência existente em nosso planeta, pois ensina o
metafísico assim como as leis metafísicas validas em todos planos. Esta ciência
tem sido chamada magia desde que os registros humanos começaram, mas isto
tem sido reservado à círculos especiais, principalmente compostos de altossacerdotes
e altos governantes.
Eles somente conheciam a verdade mas mantinham-la secreta. Eles não somente
estavam completamente cientes com a síntese de sua própria religião mas
também de todas outras. O povo, por outro lado, era ensinado sobre religião
somente através de símbolos. Levou muitos séculos até que fragmentos escassos
desta ciência eram também feitos conhecidos pela humanidade de um modo
velado, como era entendido.
Devido à que a maioria das pessoas não passaram por qualquer treinamento
nestas organizações, eles podiam somente entender estes fragmentos de seu
ponto de vista individual e , em consequência, passar seu conhecimento
incompleto e unilateral. Este é o motivo pelo qual a ciência mágica foi, sem
exagero, permanecendo uma ciência secreta até esta data.
O verdadeiro entendimento destas leis mágicas depende da maturidade espiritual
do indivíduo. Para alcançar esta maturidade um certo pré-treinamento é
absolutamente necessário. O leitor irá consequentemente achar natural que ele
deva ser totalmente familar com a primeira carta de tarô, ao menos até o passo 8,
se ele deseja ter mais sucesso positivo em sua prática da alta magia.
Não há milagres como tal, consequentemente não há nada sobrenatural. Os fatos
e efeitos permanecem obscuros porque as pessoas não são capazes de percebe-los
de primeira mão.
Magia é a ciência que ensina a aplicação prática das leis mais baixas da natureza
até as mais altas leis do espírito. A pessoa que tem a intenção de aprender sobre
magia deve primeiro aprender a entender o funcionamento das leis mais baixas
da natureza de modo a conceber as leis baseadas nela e finalmente (nt: conceber)
as leis mais elevadas.
Dependendo do nível que o leitor tiver alcançado ou das leis com que ele está
lidando no momento, ele pode, para obter uma melhor pesquisa, separar a
ciência mágica em três grupos; ou seja, na ciência mágica inferior, a qual
comprende nas leis da natureza e seu trabalho, funcionando e controlando que
pode, se você desejar, ser chamada de ciência mágica natural.
Adiante, no estágio intermediário de magia compreendendo a operação,
funcionamento e controle das leis universais dentro do homem, o que é o
microcosmo, o pequeno mundo; e finalmente na alta ciência mágica
compreendendo a operação, o funcionamento e o controle das leis do
macrocosmo, i.e. de todo o universo.
Eu já mencionei algumas vezes no meu primeiro livro a analogia pela qual a
baixa, intermediária e alta ciência mágica estão conectadas e também dei uma
completa descrição da operação e funcionamento destes poderes.
A ciência mágica pode ser comparada com o sistema escolar: Baixa magia é
assunto das classes elementares; magia intermediária, a magia do homem, é
ensinada nas escolas secundárias ou técnicas(nt:preparatórias); e a alta magia é
discursada na universidade.
Mas de acordo com a tábua hermética, o axioma universal válido para a magia é
"como acima, assim é embaixo" e vice-versa, é, falando restritamente, não correto
falar em baixa, intermediária e alta magia.
Há realmente uma única magia, e o grau de maturidade com o qual o mago em
questão chegou é a medida para seu desenvolvimento individual. As leis
universais, não importa se aplicadas com más ou boas intenções, sempre
permanecem as mesmas.
A aplicação de uma lei depende do caráter e das intenções do indivíduo. Se o
mago usa seus poderes para bons propósitos, ele pode escolher para sí a
expressão "magia branca"; Se ele usa suas faculdades para maus propósitos ele
pode falar sobre "magia negra"; mas não importando se as ações de um mago são
moralmente boas ou más, elas são trazidas a tona pelas exatas mesmas leis.
O leitor sensível irá sem dúvida ter certeza de que não há uma magia branca ou
negra. Esta diferenciação tem sido trazida ao uso comum por facções misticas e
religiosas, já que eles chamam uma pessoa que eles não gostam de mago negro.
Para dar a você uma comparação estridente, só pense no fato de que seria
igualmente insensível do ponto de vista universal dizer, por exemplo, que a noite
é má e o dia é bom. Uma não pode existir sem a outra e ambos polos tiveram que
vir à existência quando o macrocosmo e o microcosmo foram criados, de modo a
fazer um diferir do outro.
Deus, o criador do universo, não criou nada sujo ou mau. Isto não quer dizer que
o homem deva fazer o bem e o mal. A diferença entre as duas existe para permitir
ao homem descobrir a verdade dos opostos e tornar-se mestre dela.
O verdadeiro mago não irá consequentemente nunca subestimar o negativo, mas
também não o evitará. Ele irá sembre permitir o negativo tome o lugar devido a
ele, e o negativo deve ser tão útil quanto o positivo. Para concluir, o mago nunca
considera as forças negativas como más forças. Ele irá olhar o bem e o mal não
de um ponto de vista religioso, mas de um ponto de vista universal.
Magia é comumente tomada por engano como feitiçaria ou bruxaria; Eu
cosequentemente devo explicar brevemente a diferença entre magia e feitiçaria.
O verdadeiro mago sempre adere às leis universais, ele sabe sobre suas causas e
efeitos e deliberadamente usa estes poderes, aonde um feiticeiro usa poderes cuja
origem ele não conhece, embora ele esteja completamente ciente das
consequências resultantes devido à sua utilização destes poderes; mas ele não
tem idéia sobre as reais conexões porque ele não tem conhecimento das leis
universais.
Ele pode conhecer uma ou duas leis e ter um conhecimento parcial delas, mas ele
não ve as verdadeiras conexões entre a operação, desenvolvimento e
funcionamento destas leis universais, assim como ele não alcançou a maturidade
necessária.
O verdadeiro mago, por outro lado, não desejando ser classificado como um
feiticeiro, nunca fará nada sem ter completo conhecimento sobre o que está
fazendo. Um feiticeiro, também, pode usar isto ou aquilo que está fora de seu
conhecimento da magia com boas ou más inteções, não se importando se usa
poderes positivos ou negativos. Mas ele não tem o direito de chamar a si de mago.
Um charlatão é uma pessoa que tenta enganar outras pessoas. Ele não é um
feiticeiro nem um mago. Ele realmente é, para usar termos comuns, um
fraudador. Charlatães gostam de glorificar-se sobre suas elevadas faculdades
mágicas, as quais, em verdade, eles não possuem, e tentam cercar a sí próprios
com um véu de segredo místico de modo a esconder a sua ignorância.
É esta categoria de pessoas que são responsáveis pelo mau nome que a
verdadeira ciência magica obteve. As características de um verdadeiro mago não
são o segredo nem a pompa externa, bem o contrário.
Ele é modesto e sempre está tentando auxiliar pessoas e explicar às pessoas
maduras os segredos da magia. Naturalmente, ele não dará seus segredos para
pessoas ainda não maduras para eles, de modo a evitar a degradação da ciência
mágica.
Nunca irá o verdadeiro mago demonstrar seu conhecimento da ciência mágica
pelo seu comportamento externo.
Um verdadeiro mago é dificilmente diferente de um cidadão comum, pois ele
sempre tenta adaptar a si mesmo à qualquer outra pessoa, qualquer situação ou
ocasião. Sua autoridade mágica é interna e não necessita de explendor externo.
Há ainda outra variação inferior da magia a ser mencionada, pois é
frequentemente tomada por engano como magia verdadeira, mas não tem nada a
ver com a última. Eu digo a assim chamada arte do ilusionismo. A habilidade
manual do ilusionista e sua capacidade de causar impressões ilusórias nas
pessoas que o assistem o torna apto a copiar alguns fenômenos que o mago
genuíno traz à tona pela aplicação das leis universais.
O fato é que sempre ilusionistas usam a palavra magia para seus truques
suporta novamente a evidência do significado inferior à qual ela afundou. Não é
intencionado dar ao leitor qualquer detalhe de truques de ilusionismo ou truques
de palco. É, entretanto, um fato que o ilusionista não é um feiticeiro nem um
mago, mesmo pensando que ele possa dar a sí mesmo os nomes mais
promissores devido à sua grande habilidade manual.
Neste livro uma síntese será dada do campo da ciência mágica a qual até nossa
era moderna nunca foi revelada: a magia da evocação, desde que este é o campo
de magia que é mais dificil de entender. Da mais antiga era da antiguidade até
nossos tempos modernos centenas de livros tem sido publicados os quais contém
instruções para a invocação de seres, para concluir pactos com o demônio, e
assim por diante. Mas nenhum destes livros foi capaz de comunicar aos seus
leitores o conhecimento autêntico, nem de assegura-los sucesso na aplicação
prática do ensino, embora tenha acontecido algumas vezes que certos indivíduos,
devido a sua disposição herdada e sua maturidade, tem tido sucesso.
O mago autêntico que quer ficar longe dos problemas da evocação mágica não
necessita temer ter apenas sucesso parcial ou nenhum sucesso de qualquer
modo. Ele logo irá convencer-se que com a síntese da magia da evocação dada
aqui ele estará capacitado a levar adiante uma evocação com sucesso.
As outras categorias de magia, como por exemplo a magia das múmias, magia da
simpatia, encantamentos através de meios simpáticos não serão tratadas neste
livro, pois estes campos serão facilmente explorados pelo mago por sí próprio,
devendo ele estar interessado neles. Instruções neste respeito podem ser
encontradas nos livros comuns lidando com tais assuntos.

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