Foi assim, naquela manhã de sábado, 13 de setembro de 2008. Queríamos contar uma história diferente, mas antes, brincamos com as possibilidades várias de leitura. Primeiro, numa homenagem a tantas semanas em que lemos Grimm, Andersen e Perroult, convidamos para nosso tapete vermelho o livro SÓ MAIS UMA HISTÓRIA (Texto de Douglad Steer, Ilustrações de Elisabeth Moseng, tradução de Gilda de Aquino, Brinque Book) que traz várias histórias dentro da história, e ainda outras mais pois, o enredo mostra uma mamãe porca tentando adormecer seu casal de filhos contando clássicos do mundo do Faz de Conta em "adaptações suínas". A cada história, os pequenos querem só mais uma história e a mãe segue atendendo o desejo dos seus rebentos. Entre as páginas, 04 pequenos livros aparecem revelando os recontos e encantando os leitores.
Leitores diversos como o desta seqüência de fotos. Durante nossas mediações, vez em quando aparece uma mamãe com um pequeno "roedor de livros". Naquela manhã, mais uma vez, a mágica se fez.
Enquanto o Tino fazia a mediação com o livro SÓ MAIS UMA HISTÓRIA, a criança foi se chegando, abraçou o livro com os olhos...
...e devolveu um carinho gostoso.
Depois fizemos um jogo de repetição de trava-línguas com o livro EMBOLA ENROLA E ROLA (Texto de Maurício Veneza, Atual). Conseguimos muitos risos, ops, eitas e caracas. Muito bom.
Foi então que aquela idéia lá do início do texto entrou em ação. Era a hora da tal história diferente. Perguntei a todos se ali tinha alguém que gostava de história triste. Samuel foi o primeiro a dizer enfaticamente que DETESTAVA história triste. Outros seguiram a mesma opinião. Aí, anunciei que iria contar uma história triste. Caras e bocas de desaprovação. Fui em frente. Apresentei o livro: DOZE REIS E A MOÇA NO LABIRINTO DO VENTO (Textos e ilustrações de Marina Colasanti, Global). ADORO, ADORO, ADORO este livro. Queria muito contar suas histórias para a turma. Foi naquele dia que comecei. Apresentei a história escolhida no meio dos 13 contos de fadas que habitam aquele livro encantado: ENTRE LEÃO E UNICÓRNIO. E foi assim, a turma foi se chegando, embalada pelas palavras de Marina que embalavam a fantasia de todos com um leão que guardava os sonhos da rainha ao pé da cama e um rei encantado pela beleza de um unicórnio azul (quase que saído da canção de Silvio Rodriguez). De repente eu estava cercada pelas crianças. Não há como negar. O final da história não é feliz. Mas o menino Samuel, o primeiro a rejeitar a possibilidade de ouvir uma história triste, deixou claro logo após o ponto final: - Mas é uma história bonita!!! Gostei!!! Ah... para falar a verdade, acho que quem mais gostou (da história do livro e da história que conto aqui) fui eu. Hatuna Matata!!!
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
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