A sala de expressão dramática esteve cheia de heróis, no sábado passado, aqui na Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada. Eram dez grupos, entre adultos e crianças. Foram várias as inovações: uma menina veio com o pai, outra com a tia, uma avó trouxe o seu neto, noutra mesa estavam ambos os pais, e ainda noutra estavam a mãe e a avó.
A promoção foi muito bem feita, já que a equipa de animação enviou pequenos folhetos para as escolas, que foram distribuidos nas aulas e guardados directamente nas mochilas.
Os dez grupos trabalharam cada um no seu ritmo, e os adultos rapidamente perderam a vergonha, começando a intervir activamente junto dos seus rebentos, quando inventaram as histórias a partir das ilustrações. Também na resposta ao questionário, pais e filhos trabalharam em conjunto, apesar de preencherem as alíneas individualmente.
Foi possível circularem cerca de quatorze livros, que os pares folheavam. Mas não só. Alguns adultos começaram a conversar, bem como as crianças, o que resultou num momento engraçado, de troca de experiências e observação do outro. O trabalho a par com o livro resultou na perfeição. Enquanto os pares exploravam texto e ilustração, eu e o Sérgio percorriamos as várias mesas dando pistas para o diálogo e para a exploração do imaginário dos mais novos. Mas acontecia também a sua imaginação ultrapassar o sentido lógico dos pais, que questionavam os filhos sobre as suas opções. A inversão era perfeita quando o adulto acabava com a frase: "Ah!, já percebi!".
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