quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Discursos de Sathya Sai Baba: TOLERÂNCIA - 02/08/58 – Ocasião: Viagens

TRECHO:
Eu não tinha qualquer plano de falar-lhes esta tarde; mas certamente não preciso de preparação. Minha
Vontade (Sankalpa) e a realização dela são instantâneas. Sri Subbaramaiah falou há pouco de alguns
princípios importantes que devem nortear a vida, como o cultivo das virtudes, o desenvolvimento do
caráter, o controle do ódio, etc. Conselhos como este são dados de uma centena de palanques todos os
dias e as pessoas ouvem e partem; elas não praticam o que ouvem e, assim, as coisas permanecem
como estão. Isto acontece porque aqueles que dão muitos conselhos não seguem o que pregam; devem
eles mesmos ser o exemplo dos valores que ensinam. Como os homens cegos que descreveram o
elefante, eles descrevem as vantagens de adquirirmos virtudes e os benefícios de contermos o ódio mais
pelo que ouviram contar do que por sua própria experiência.
Hoje, há uma inquietação profundamente enraizada em cada indivíduo porque não há harmonia interior.
As normas de conduta para as castas e estágios da vida, que provêm de eras, prescrevem um tipo de
conduta; os livros que lemos prescrevem outra; a experiência fornece conselhos conflitantes. Mas a paz
depende da mente e da sua consciência do segredo do equilíbrio. O corpo é a hospedaria, o indivíduo é
o peregrino e a mente é o vigia. A mente procura por alegria; ela sente que a alegria pode ser obtida
neste mundo através de fama, riqueza, terras e propriedades, de outros indivíduos ou parentes; mais
ainda, ela constrói imagens de um paraíso onde há uma alegria mais intensa por um tempo maior;
finalmente, descobre que a alegria eterna, que nunca diminui, só pode ser obtida fixando-se na
Realidade de seu próprio Ser Interno, que é a própria bem-aventurança.

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