Quando Pedro Tino veio a Brasília pela primeira vez, aos cinco anos, ele já era um roedor de livros. A minha edição surrada de Bom Dia Todas as Cores (Ruth Rocha, com ilustrações de Alberto Linhares, Quinteto Editorial) que o diga. Por isso, aproveitando a prmeira visita do nosso caçula aos Roedores de Livros, naquele sábado 29 de novembro, levei o exemplar ainda com a marca dos seus dentes na borda (hehehe) frutos da sua leitura naquela primeira viagem. Fizemos a foto que você vê acima e foi esta a história que deu início à mediação.
Eu havia levado outros livros e aí sugeri a leitura de Pandolfo Bereba (Eva Furnari, Moderna). Ao ver a capa e ouvir o título, dois dos meninos disseram que não queriam aquela história. Porquê?, perguntei. - Ah, deve ser muito chata!
- Mas vocês não vão nem me deixar ler um pedacinho para decidir se é chata ou não?, insisti.
Pedi com todo o jeito para que eles me deixassem ler só um pouquinho, que eu estava certa de que iriam gostar muito. Mas a certeza de criança às vezes é teimosa. Enfim, outros se pronunciaram a favor e eu comecei a leitura.
O príncipe Pandolfo Bereba, está longe de ter o perfil que temos do príncipe encantado. Na verdade, é o mais "desencantado" possível. Feio de doer, adora falar mal dos outros e não aceita opiniões diferentes da sua. Desde a primeira página, a história já dominava a atenção de todos (inclusive daqueles dois relutantes) que participavam da mediação com exclamações sobre as atitudes do príncipe e com as ilustrações de Eva.
Enfim, a história foi um sucesso. Cheia de surpresas divertidas. Nada como um pouco de Eva Furnari para fazer cócegas na imaginação da criançada. Aliás, não só dos pequenos. Eva deveria ser lida por todas as idades. Hatuna Matata.
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